O director administrativo, assim como os técnicos da tesouraria, são acusados de não proceder ao depósito das receitas do hospital na Conta Única do Tesouro (CUT). Segundo uma fonte, o valor, agora avançado, pode aumentar, visto que os 30 milhões em questão são apenas referentes ao segundo trimestre deste ano.
Conforme a fonte, investigações policiais estão agora em curso no Hospital Josina Machel junto da administração para se apurar outros elementos que possam ainda vir a estar envolvidos no esquema supostamente fraudulento.
“De facto é muito dinheiro do Estado, proveniente dos pacientes, que o director administrativo e mais os seus técnicos da tesouraria se apropriaram indevidamente”, contou a fonte do IGAE ao Novo Jornal. Entretanto, fontes do SIC-geral confirmaram as investigações na administração do Hospital Josina Machel, vulgarmente “Maria Pia”, e a detenção deste responsável e os seus três colaboradores.
Ao Novo Jornal, a fonte avançou que a deteção dos tesoureiros foi possível mediante uma acção inspectiva, após denúncia, que resultou no flagrante dos técnicos em posse de mais de três milhões de kz, em gavetas daquele departamento administrativo, provenientes das cobranças das consultas médicas prestadas naquele hospital.
Os acusados, segundo a fonte, não conseguiram justificar os valores aí encontrados nem os comprovativos dos depósitos feitos ao CUT anteriormente. “Até agora, tanto o director como os técnicos são sabem dizer às autoridades onde depositavam as receitas”, explicou.
O Novo Jornal soube que os suspeitos serão encaminhados ao Ministério Público para os passos subsequentes. Sobre este assunto, o Novo Jornal tentou sem sucesso ouvir a direcção geral do Hospital Josina Machel.
NJ