A dívida pública externa à banca comercial internacional não pára de crescer desde 2017, altura em que João Lourenço tomou as rédeas do País. Estes financiamentos tradicionalmente são mais caros que os empréstimos das intituições multilaterais ou de país a país.
A dívida pública externa bateu o recorde no final do II trimestre deste ano quando Angola devia 51,7 mil milhões USD ao estrangeiro, um crescimento de quase 1% face ao final de 2021.
Desde que João Lourenço assumiu os destinos do País em 2017, a dívida externa cresceu 19,1% equivalente a mais 8,3 mil milhões USD. Dívida a bancos internacionais disparou e a instituições como FMI e Banco Mundial também.
Para os especialistas esta subida da dívida era expectável por este se tratar de um ano eleitoral que por norma leva a alguns excessos, seja em Angola ou noutro país. O próprio Fundo Monetário Internacional no seu último relatório, alertava para o risco de algum “relaxamento” em relação à aplicação de reformas ou até de flexibilização orçamental devido ao facto de se tratar de um ano eleitoral.
Esta tendência de aumento da dívida foi-se verificando desde 2021 com o Governo a anunciar sucessivamente a contratação, especialmente por ajuste directo, de várias obras e a abrir linhas de crédito internacionais.
De acordo com as estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA), a China continua a ser o maior credor de Angola e apesar de essa dívida estar a cair desde que o chefe de Estado tomou as rédeas do país (-7%), Angola ainda deve quase 21,6 mil milhões USD.
A maior parte da dívida àquele país asiático tem como principal credor o China Development Bank (CDB), que resulta de um mega financiamento de 15 mil milhões USD, no âmbito de um acordo celebrado em Dezembro de 2015.
Foi deste empréstimo levantado na sua totalidade que saíram os 10 mil milhões USD que o Governo de Eduardo dos Santos injectou em 2016 na Sonangol, quando a petrolífera era presidida pela sua filha, Isabel dos Santos.
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