“Efeito Draghi” atraiu procura recorde de 110 mil milhões de euros na primeira emissão de dívida realizada por Itália.
Tal feito aconteceu após a tomada de posse do novo governo do ex-presidente do Banco Central Europeu.
Itália atraiu um nível procura recorde de 110 mil milhões de euros na primeira emissão de dívida após Mario Draghi ter sido empossado como primeiro-ministro do país, num sinal de confiança dos mercados em relação à terceira maior economia da Zona Euro.
A procura nesta operação de financiamento com obrigações a 10 anos superou os 108 mil milhões de euros de ordens registadas numa emissão de títulos com esta maturidade através de um sindicato de bancos em junho de 2020.
Pelos títulos, Itália deverá pagar uma taxa de juro de 0,57%, mas a operação ainda não está fechada. Se for essa a taxa final, será uma das mais baixas da última década para o Tesouro italiano. O banco italiano UniCredit antecipa que Itália se financie até 12 mil milhões de euros com esta emissão.
Os juros italianos em mercado secundário atingiram mínimos históricos na semana passada, com a expectativa (que veio a confirmar-se) de Itália ter o ex-presidente do BCE a liderar o governo.
“O mercado poderá continuar a ‘surfar’ a onda de Draghi por mais algum tempo”, referiu Antoine Bouvet, do banco ING, citado pela agência Bloomberg. “O efeito Draghi está a ajudar na procura nesta emissão”, acrescentou.
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