Numa colaboração com o Centro de Empreendedorismo Erasmus, o MECSTI vai inserir os cursos de empreendedorismo nos currículos para os estudantes adquirirem competências específicas necessárias para gerir uma pequena empresa ou criar o auto-emprego.
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), em colaboração com o Centro de Empreendedorismo Erasmus, projecto ligado à Universidade de Roterdão, nos Países Baixos, está a desenvolver um projecto curricular de empreendedorismo que será implementado, numa primeira fase, em quatro universidades do País.
O processo de implementação do projecto curricular terá início com a formação para formadores, iniciativa com o objectivo de criar a cultura de empreendedorismo nos jovens académicos para que se possa empoderar e gerar emprego.
A incorporação do curso de empreendedorismo na grelha curricular vai arrancar nas Universidades José Eduardo dos Santos (UJES), Agostinho Neto (UAN), Católica (UCAN) e na Universidade Óscar Ribas (UOR), até chegar às restantes universidades do País.
O Expansão sabe que estas quatros instituições foram seleccionadas porque já têm na sua grelha curricular disciplinas ligadas ao empreendedorismo e centros que servem de incubadoras de empresas, como é o caso, por exemplo, da Universidade Católica e da Universidade Agostinho Neto.
De acordo com a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança, que falava durante o encontro com o embaixador adjunto dos Países Baixos, Marc Mazairac, e a directora do Centro de Empreendedorismo Erasmus, Faurslida Zafar, serão incorporados nos currículos dos estudantes temas que os habilitam no final da formação ao auto-emprego.
“Esta acção representa parte do resultado de uma iniciativa que iniciou em 2018, onde se tem desenvolvido estudos com o objectivo de apoiar e transformar as universidades em unidades criadoras de empreendedores, para que possamos estar todos alinhados com as perspectivas da diversificação económica e da formação, tendo em conta os sectores prioritários da economia”.
A responsável avançou ainda que o projecto está alinhado com o que é exigido em todo mundo, que é formar para estar mais capacitado para o mercado de trabalho.
Por outro lado, recordou que esta não é uma acção isolada, pois tem suporte de um outro programa de apoio ao ensino superior, denominado UNI.AO, financiado pela União Europeia (13 milhões de euros), onde se fez um estudo sobre a pós-graduação e o impacto que tem nos sectores prioritários da economia da qual o projecto poderá obter alguma informação relacionada a dados sobre os sectores prioritários no País.
Expansão