Esquema de corrupção de um milhão de dólares na EPAL detectado pela IGAE

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A Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) detectou um esquema de corrupção na Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), em que funcionários terão desviado mais de um milhão de dólares, comprando 18 residências em dois condomínios, no município de Talatona, e oito viaturas modelo Land Cruiser.  

A informação foi avançada pelo director de Denúncias, Queixas e Reclamações da IGAE, Frederico Jamba, citado pela Rádio Nacional. Entre os acusados, estão os antigos presidentes do Conselho de Administração da EPAL, no âmbito das sete mil ligações domiciliares.

Os altos funcionários terão beneficiado, também, de mais de 20 milhões de dólares no esquema de corrupção e os outros valores monetários foram transferidos para contas bancárias de empresas de prestação de serviços.

Frederico Jamba disse que a Inspecção Geral da Administração do Estado realizou uma acção à EPAL, resultando na descoberta deste esquema de corrupção praticado pelos antigos PCA da empresa pública de águas.

“No decorrer desta acção, foram detectadas irregularidades que violam os preceitos da gestão da Administração Pública e dos princípios que norteiam a boa administração do património do Estado, tais como a celebração de vários contratos com empresas privadas”, esclareceu o director da IGAE.

No Programa de Investimento Público (PIP), desenvolvido pelo Executivo, para estabelecer sete mil ligações domiciliares dos diferentes centros de distribuição de Luanda, o qual rendeu aos prevaricadores a quantia de 20 milhões 527 mil kwanzas e 557 dólares norte-americanos e 59 cêntimos, transferidos para contas de duas empresas privadas.

O director de Denúncias, Queixas e Reclamações falou, igualmente, dos métodos usados pelos antigos gestores da EPAL para se apropriarem do dinheiro público.

“Deste valor, mais de um milhão de dólares encontra-se na conta bancária de uma empresa prestadora de serviços e aguardava orientações expressas para ser transferido em contas privadas”, anunciou Frederico Jamba.

“Com a outra parte dos valores, foram adquiridas 18 residências em dois condomínios, situados no Talatona e oito viaturas Land Cruiser GXR, as quais foram distribuídas para alguns membros da Administração com a recomendação de as usarem apenas fora da instituição aos finais de semana e nas deslocações às províncias”, explicou.

Como resultado destes esquemas, foram, igualmente, adquiridas 57 viaturas, supostamente doadas pelos investidores com os quais a empresa detinha contratos. E destas, 49 encontram-se em pleno uso na instituição e, outras – pelo tempo e modo de uso -, estão avariadas.

O director de Denúncias, Queixas e Reclamações anunciou que os implicados deste esquema de corrupção serão apresentados à Procuradoria-Geral da República, em breve, “para os devidos trâmites legais”.

JA

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