Os Estados Unidos da América ponderam penalizar o Uganda com diversas sanções caso a lei anti-homossexualidade, aprovada esta semana pelo Parlamento daquele país, entre em vigor.
“Devemos determinar se devemos ou não decidir sobre as consequências, talvez económicas, se esta lei for efectivamente aprovada e entrar em vigor”, disse, esta quarta-feira, 22, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
Em causa está a aprovação pelo Parlamento de Uganda, na noite de terça-feira, 21, de um controverso projecto de lei anti-LGBTQIA+, que torna actos homossexuais puníveis com a morte e criminaliza a identificação com qualquer letra da sigla. A medida atraiu forte condenação de activistas de direitos humanos.
Todos, excepto dois dos 389 legisladores, votaram a favor do projecto radical que introduz a pena capital e prisão perpétua para quem performe sexo gay e o que o texto chama de “recrutamento, promoção e financiamento” de “actividades” do mesmo sexo.
“A homossexualidade é uma ameaça para a raça humana e o que estamos discutindo é a preservação da raça humana”, disse Francis Ecweru, ministro das Obras Públicas e dos Transportes do Uganda, durante o debate.
Contudo, a aplicação da lei ainda não é certa, o texto tem de ser promulgado pelo Presidente Yoweri Musevini, mas Washington está “muito atento” insistiu John Kirby.
As consequências financeiras “seriam muito infelizes, porque grande parte da ajuda económica que fornecemos é para a saúde”, acrescentou.
VOA