Executivo define capital humano como prioridade da “Agenda 2050”

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A aposta no capital humano representa uma prioridade do Executivo e pilar fundamental estabelecido na Agenda “Angola 2050” e no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023/2027, afirmou a ministra de Estado para a Área Social.

Dalva Ringote Allen prestou tais declarações, em Dar-es-Salaam, durante a Cimeira Africana sobre Capital Humano, que decorreu entre 25 e 27 de Julho, promovida pela República Unida da Tanzânia, em parceria com o Grupo Banco Mundial.

Na ocasião, a dirigente sublinhou que a definição de Angola sobre o capital humano é uma “sinalização real e positiva” que o Executivo dá ao país e ao mundo.

“Os países aproveitam o capital humano mediante a adopção de políticas, programas e projectos deliberados, que visam transformar essa massa juvenil em verdadeiros exemplos, com o objectivo de contribuir para o processo de crescimento e desenvolvimento económico”, disse a ministra de Estado para a Área Social, que representou na Cimeira o Presidente João Lourenço.

As acções que estão a ser desenvolvidas pelo Executivo, acrescentou Dalva Ringote Allen, demonstram que o capital humano tem prioridade, advogando que o país precisa de médicos, engenheiros, enfermeiros, electricistas, canalizadores, sapateiros e “de todas as valências, capacidades e habilidades”.

“Juntos somos poucos para construir o país que queremos para hoje e para os nossos filhos e netos”, afirmou a ministra de Estado, garantindo que “existe por parte do Executivo a preocupação em continuar a trabalhar com os jovens e para os jovens”, fazendo da juventude “parte da equação”, para a descoberta de soluções dos problemas que afectam a sociedade.

 Infra-estrutura energética

Dalva Ringote Allen disse não haver desenvolvimento sem electricidade, assegurando que “o Executivo está a fazer investimentos no domínio das infra-estruturas eléctricas e tecnológicas”, para garantir que os jovens possam, em primeira instância, beneficiar de energia eléctrica e acesso ao conhecimento, mediante o uso racional das tecnologias, dotando-se de valências para garantir o acesso ao mercado de trabalho. “Vale a pena dizer que o Plano Nacional para a Electrificação de Angola dá nota que o país conta actualmente com um potencial total de 6.2 quilowatts de energia, dos quais 63 por cento representa energia limpa ou renovável, desagregadas em 69 por cento energia hídrica e 4 por cento de energia solar”, disse.

O objectivo deste plano, de acordo com a ministra de Estado para a Área Social, é identificar mecanismos claros e concretos para que as famílias no meio-rural tenham acesso à energia eléctrica.

Os investimentos, acrescentou, visam permitir que seja aumentada a potência e ao mesmo tempo feita a “transição energética e o acesso das famílias à energia a preços compatíveis com a realidade no meio rural”, sublinhando que tal mecanismo é associado à saúde e educação, ao mesmo tempo a elementos fundamentais.

A ministra de Estado revelou, igualmente, que as acções implementadas pelo Executivo deverão contar com o concurso do sector empresarial privado, considerado um elemento fundamental para garantir a continuidade das acções.

“Todo este exercício não é despoletado ou não deve ser única e exclusivamente despoletado pelo Executivo. O sector privado deve fazer parte deste processo”, afirmou Dalva Ringote Allen, para em seguida acrescentar que o conjunto de acções desencadeado pelo Executivo visa garantir, também, a participação efectiva dos privados no processo de crescimento económico.

A Cimeira Africana sobre o Capital Humano responde  aos compromissos com os pontos focais dos Governos, sobre a necessidade de chamar a atenção para o papel do capital humano no crescimento económico e elevar a discussão sobre a importância de investir nas pessoas.

O evento, realizado entre 25 e 27 do corrente mês, decorreu sob o lema “Acelerar o crescimento económico de África: aumentar a produtividade dos jovens, melhorando a aprendizagem e as competências”.

Dalva Ringote Allen destaca investimentos  em infra-estruturas hospitalares

A ministra de Estado para a Área Social destacou os esforços empreendidos pelo Executivo para melhorar as condições dos hospitais.

Dalva Ringote Allen reiterou a aposta do Executivo em continuar a olhar para o sector da Saúde como uma área com bastante relevância no contexto do país, em que estão a ser desenvolvidas várias acções.

“No período compreendido entre  2018 e 2022 foram construídas 163 unidades hospitalares do primeiro, segundo e terceiro níveis, e isso demonstra o compromisso do Executivo no domínio das infra-estruturas hospitalares, em continuar a melhorar as condições dos hospitais”, esclareceu.

A ministra de Estado ressaltou a questão das mortes materno- infantis como sendo uma situação que também preocupa o Executivo, assegurando que, em função disso, existem “políticas concretas para garantir uma redução efectiva do número de falecimentos de mães e crianças no país”.

Os desafios de redução do nível de transmissão do HIV-Sida, através da iniciativa do Projecto “Nascer Livre para Brilhar”, promovida pela Primeira Dama, de 2018 a 2022, é referenciado pela ministra de Estado para a Área Social como tendo merecido igualmente abordagem na Cimeira da Tanzânia, com realce para os resultados espelhados com a redução de 26 para 15 por cento da taxa de contaminação de mãe para filho.

“Demonstra que o somatório destas acções vão contribuir para que a nossa juventude seja dotada de conhecimento, capacidades, habilidades e educação, de tal forma que se possa posicionar a nível do mercado”, sublinhou.

JA

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