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Exportações afundam 32% e importações de mercadorias crescem 9% no I trimestre

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Petróleo e gás valem 94% das vendas angolanas para o exterior. A China é, ao mesmo tempo, o principal destino das exportações angolanas e o principal fornecedor de mercadorias. As trocas comerciais no primeiro trimestre rondaram os 12,7 mil milhões USD, uma queda de 23% devido à descida dos preços do petróleo.

As exportações de mercadorias angolanas afundaram 32% no I trimestre do ano para 8.690,4 milhões USD, uma quebra que resulta da baixa do preço do petróleo no mercado internacional, enquanto as importações cresceram 9% para 4.051,3 milhões USD, de acordo com as estatísticas externas publicadas esta semana pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Apesar da queda das exportações em cerca de 4.086,1 milhões USD, provocada pela descida dos preços do crude, o petróleo e gás representam 94% do peso das vendas do País para o exterior.

Já no sentido inverso, Angola manteve a mesma tendência do ano passado de aumento de importações, com o País a importar mais 348, 4 milhões USD face ao mesmo período de 2022.

Dos 4,0 mil milhões USD empregues na importação, 23,4%, equivalente a 946,1 milhões USD, foram para a compra de refinados de petróleo, enquanto 21,5% (872,6 milhões USD) foram para a aquisição de maquinaria e equipamento. Já 13,5% do valor total, equivalente a 546,6 milhões, foram para a aquisição de bens alimentares no primeiro trimestre.

As contas feitas com base nos dados da Balança de Pagamentos 2012-2023 do Banco Nacional de Angola (BNA) indicam que a importação de bens de consumo corrente (valem 66% das importações) em termos homólogos aumentou 8,1% para quase 2,7 mil milhões USD em 2023.

Já os bens de consumo intermédio (produtos utilizados no processo de produção de produtos acabado), que valem 11% das importações, sofreram uma ligeira subida de 3,8%, durante o mesmo período. Os bens de capital como máquinas, ferramentas ou equipamentos, valem 23% das importações, e a sua importação cresceu 17% face ao mesmo período de 2022.

O saldo entre as exportações e as importações claramente positivo e no primeiro trimestre deste ano foi de 4,6 mil milhões USD, mas ainda assim sofreu uma queda significativa face ao saldo de 9.073,5 milhões verificado no I trimestre de 2022. Contas feitas, o saldo da balança comercial caiu 4.434,4 milhões USD em termos homólogos.

O total das trocas comerciais de Angola (a soma das exportações com as importações), fixou- -se, no primeiro trimestre, nos 12.741,7 milhões USD, o equivalente a 77,3% do total registado em igual período do ano passado, quando a soma das vendas e as compras, entre Janeiro e Março, foi de 16.479,4 milhões USD.

A quebra nas trocas comerciais deve-se,à redução do preço do crude nos mercados internacionais. Nos primeiros três meses de 2023, o preço médio do barril de crude foi de 78,7 USD, representando uma quebra de 23,5% face aos 102,9 USD verificados no mesmo período do ano passado. Já o preço do gás, incluindo o liquefeito, caiu 45,6% para 91,2 USD contra os 167,8 USD praticados no mesmo período do ano passado. Especialistas acreditam que é um indicador que espelha bem a quebra das trocas comerciais angolanas entre Janeiro e Março.

Analisando a marcha do comércio angolano com o resto do mundo, o economista José Lopes diz que é tempo de o País efectivar a diversificação económica e definir como prioridade a produção de bens a nível interno com os recursos resultantes das receitas do petróleo. Para ele, este é o caminho para a economia angolana deixar de estar sujeita aos choques de baixas de preços na quase única mercadoria que exporta, o petróleo.

Segundo o economista, é ainda necessária a adopção de uma política fiscal mais atractiva ao investimento interno e externo, de forma a aumentar a produção interna e diversificar as exportações, olhando para o mercado estratégico africano, com particular destaque para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

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