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Exportações para a China caem 47% para pouco mais de 1,7 biliões Kz

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A soma das exportações e importações nos três primeiros meses deste ano ascendeu a cerca de 6,5 biliões Kz. Entre Janeiro e Março o País exportou menos, penalizado com a redução da produção e da queda do preço do petróleo, mas também importou mais, sobretudo combustíveis e bens de consumo.

As exportações de mercadorias angolanas para a China caíram 46,9% no I trimestre de 2023 face ao mesmo período de 2022, passando de pouco mais de 3,2 biliões Kz para cerca de 1,7 biliões Kz, enquanto as importações ao gigante asiático subiram 47,5% ao passar de 245,0 mil milhões Kz para 362,9 mil milhões.

Contas feitas, as trocas comerciais angolanas com a China nos primeiros três meses do ano afundaram 40,2% para quase 2,1 biliões Kz, com base nas Estatísticas do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes ao I trimestre de 2023.

A China continua a ser o principal parceiro comercial angolano e é também o maior credor nacional, detendo a maior parte dos pagamentos da dívida angolana garantidos por petróleo. Não foi só para a China que as vendas angolanas caíram no I trimestre, já que as exportações nacionais caíram 32,3% neste período.

E se as exportações caíram o mesmo não aconteceu com as importações, já que subiram 12,5%, ao passar de quase 1,9 biliões Kz do I trimestre do ano passado para 2,1 biliões entre Janeiro e Março este ano. Quanto ao saldo comercial angolano, sofreu um tombo de 50,5% face ao mesmo período do ano passado, ao passar de 4,6 biliões Kz para quase 2,3 biliões.

A justificação para a queda das exportações no l trimestre deste ano pretende-se com a redução da produção do petróleo, o principal produto de exportação do País, e da baixa do preço do barril de crude no mercado internacional, quebrando as altas registadas em igual período do ano passado em que os preços estavam acima dos 100 USD.

Especialistas acreditam que os indicadores das trocas comerciais entre Angola e o resto do mundo é o prenúncio de um ano em que a economia angolana deverá desacelerar este ano, contrariando as expectativas não só do Governo (3,3%) mas também das instituições multilaterais como o FMI (3,5%).

Esta queda da exportação de petróleo provocou o que os economistas chamam de “tempestade perfeita” já que diminuiu as divisas no País – até porque o Tesouro deixou de participar no mercado cambial – o que provocou uma forte desvalorização do Kwanza (ver páginas 2 e 10) que, por sua vez, com o aumento da gasolina potenciou uma subida generalizada dos preços no País.

O petróleo continua a ser praticamente o principal produto exportado por Angola, pois no período em referência representou quase 94% de todas as exportações do País, um indicador de que não se pode pensar, para já, a economia angolana sem o “ouro negro”.

Quanto às zonas de destino das exportações angolanas, no I trimestre de 2023 manteve-se a tendência de a Ásia ser o principal cliente do País, valendo 56,3% das vendas angolanas, já que do total de 4,4 biliões Kz em exportações, mercadorias no valor de 2,5 biliões foram vendidas para aquela região do globo. A Europa foi o segundo continente a receber mais mercadorias angolanas, tendo ficado com 31,0% do valor da exportação total.

Já no sentido inverso, ou seja, quanto às principais zonas fornecedoras de Angola, a Ásia foi a zona onde Angola mais comprou no l trimestre de 2023, já que é desse continente que vieram 44,6% das compras lá fora, com um total de 934,4 mil milhões Kz entre Janeiro e Março.

E se a China foi o principal destino das exportações nacionais, o segundo lugar continua a ser ocupado pela a Índia, com Angola a vender-lhe mercadorias no valor de 267,6 mil milhões Kz, cerca de 6,13% dos bens exportados e comprou- -lhes mercadorias no valor de 149,0 mil milhões Kz, o que totaliza 416,6 mil milhões Kz em trocas comerciais, equivalente a quase 11% das trocas angolanas.

Portugal, ao contrário dos primeiros três meses do ano passado, em que foi o terceiro maior parceiro comercial angolano, em 2023 não aparece no top cinco dos destinos das exportações angolanas. França, Reino Unido e Emirados fecham o top 5 dos clientes angolanos.

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