O peso no sistema bancário está na base do aumento da cota da reserva obrigatória de alguns bancos, ‘justificou’ o vice-presidente do BNA, Pedro Castro e Silva, em declarações à imprensa.
À margem do fórum “Sobre Sustentabilidade no Sistema Financeiro Angolano”, realizado (recentemente) em Luanda, Pedro Castro e Silva afirmou que o BNA, à semelhança de outros sistemas financeiros mundiais, implementa um modelo de supervisão baseado no risco.
“Um banco com 25% de depósitos merece mais atenção porque tem mais pessoas e empresas expostas. De acordo com os critérios do peso no mercado, é denominado banco sistémico. Se de repente deixar de ser vi00ável podemos ter um problema com todo o sistema bancário”, disse.
Segundo ainda o vice-governador do BNA, a forma que o regulador e os bancos encontraram para suster o risco é aumentar o capital, por isso existe uma determinada percentagem a ser constituída pelos bancos sistémicos.
O ‘lugar-tenente’ de António Tiago Dias tranquilizou os angolanos relativamente à estabilidade do sistema bancário, ao afirmar que a banca tem um rácio de solvabilidade em torno dos 24%. “Três vezes mais do que o mínimo exigido pelo BNA. Temos um sistema devidamente capitalizado”.
No âmbito da Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras, o BNA indicou, recentemente, 11 bancos que devem aumentar a cota da reserva obrigatória (BAI, BFA, BIC, BPC, ATLANTICO, BANCO ECONÓMICO, STANDAR BANK, BANCO SOL, BCI, BANCO KEVE e BNI).
A cota dos três primeiros bancos é de 2% e o aumento deve ser feito em Janeiro de 2024. BPC e ATLANTICO – 1,5% até Março do mesmo ano, enquanto os outros 1%, o prazo limite é Junho deste exercício económico.
E & M