A Sociedade de Desenvolvimento da Matala (Sodmat) admite ter perdido o rasto de um empreiteiro luso-espanhol contratado, em 2008, para reabilitar e equipar a única fábrica de transformação de tomate da província da Huíla, noticiou ontem a Angop.
A empresa ibérica tinha recebido 10,280 milhões de dólares do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) para reabilitar a fábrica de concentrado de tomate do Perímetro Irrigado da Matala, segundo o presidente do conselho de administração da Sodmat, Cipriano Ndulumba.
A fonte informou que o empreiteiro abandonou a obra em 2012, quando um novo conselho de administração estava a tomar posse, o que deu lugar a diligências para a sua localização, que Cipriano Ndulumba afirma estar a ser “muito difícil”.
“A última vez que fizemos pressão para que ele estivesse no país, até apareceu, mas alegou que a empresa tinha falido, assegurando que lutaria para regressar e concluir as obras”, disse o presidente do conselho de administração da Sodmat.
Segundo Cipriano Ndulumba, o último contacto feito com sucesso foi há dois anos e, de lá para cá, não há notícias do empreiteiro.
“Fizemos todas as diligências, inclusive deslocamo-nos à Europa duas vezes à procura do sujeito. Trocávamos e-mails e dava a garantia de que viria para concluir a obra mas, ultimamente, já não tem sido possível”, explicou.
A Sociedade de Gestão dos Perímetros Irrigados (SOPIR) também fez algumas diligências junto de supostos sócios do empresário em Espanha e Portugal, onde supostamente estava a sede da empresa, mas acabou por descobrir que a companhia não existe legalmente.
A fábrica localizada, na comuna da de Capelongo, foi montada nos anos 60 e encontra-se inoperante desde 1980, tendo em 2008 iniciado um processo de reabilitação cuja conclusão estava prevista para Março do ano seguinte.