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Fim da moratória chinesa aperta contas de Angola

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O fim da moratória da dívida de três anos que os credores chineses deram a Angola, na sequência da pandemia de covid-19, está a pressionar os cofres públicos. 

Esta é a razão para os pagamentos de juros de Angola terem duplicado do primeiro para o segundo trimestre de 2023, de 775 milhões de dólares (727 milhões de euros) para 1,57 mil milhões (1,47 milhões de euros).

Segundo os dados referidos pelo South China Morning Post e baseados nas estatísticas divulgadas pelo Banco Nacional de Angola este foi o aumento mais elevado desde, pelo menos, o primeiro trimestre de 2012. Todavia, o pagamento de juros mais elevados foi, em parte, compensado por uma queda do défice no comércio de serviços para um mínimo de dois anos.

Nos primeiros três meses deste ano o défice situava-se nos 2,34 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros), tendo baixado para 1,77 mil milhões (1,66 mil milhões de euros) no segundo trimestre.

O jornal chinês faz igualmente um retrato exato da dívida de Angola à China. Assim, Angola é o maior beneficiário do financiamento que Pequim concedeu aos países do continente africano, tendo contraído 254 empréstimos entre 2000 e 2020, no valor global de 42,6 mil milhões de dólares (39,95 mil milhões de euros).

A capacidade de Angola para pagar os juros da dívida está, em boa parte, dependente do preço do petróleo, já que as receitas geradas por esta matéria-prima são determinantes. Ou seja, de cada vez que o preço do petróleo desce, Angola fica mais vulnerável.

Segundo Mark Bohlund, analista sénior da REDD Intelligence, em declarações ao South China Morning Post, o nível da dívida externa de Angola irá manter-se em cerca de 50 mil milhões de dólares durante 2024, sendo que os credores irão representar 40% da mesma.

O Presidente angolano, João Lourenço, tem tentado libertar o país da forte dependência da China, mas ainda assim pretende fazer uma espécie de quadratura do círculo no que se refere às relações externas.

A aproximação aos Estados Unidos, visível num financiamento norte-americano de 900 milhões de dólares (844 milhões de euros) para uma central solar e numa proposta de 250 milhões (234,4 milhões de euros) para o corredor ferroviário do Lobito, é contrabalançada pelo financiamento chinês da central hidroelétrica de Caculo-Cabaca, no Cuanza Norte, assim como pela refinaria de petróleo do Bobito a construir pela China National Chemical Engineering.

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