O Hospital Sanatório de Luanda, localizado no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, vai a partir de Março do próximo ano receber obras de reabilitação e expansão, face ao avançado estado de degradação que apresenta a sua estrutura, construída há mais de 49 anos.
Nesta sexta-feira, para se inteirar das dificuldades existentes e sobre o projecto de ampliação da infra-estrutura, o Presidente da República, João Lourenço, visitou durante algumas horas a unidade hospitalar, tendo percorrido as várias áreas de serviço e atendimento médico.
O hospital enfrenta problemas ligados à rede de esgotos, falta de água corrente, de energia eléctrica, que obriga a utilização de fonte alternativa, de tratamento de águas residuais, de infiltração de água no interior de alguns compartimentos.
O perímetro onde será projectado a construção das novas instalações do Sanatório, no quadro da sua expansão, tem 21.7 hectares com áreas de serviços de diagnósticos, assistenciais, farmacêuticos, administrativos, entre outros.
De acordo com o arquitecto Ricardo Henriques, a primeira fase da ampliação do edifício do sanatório de Luanda será de seis a oito meses.
O hospital possui capacidade para 250 camas, mas neste momento estão internados 293 pacientes, dos quais 90 por cento padecem de tuberculose, bronquite asmática, câncer do pulmão, entre outras patologias.
Conta com 25 médicos, sendo 18 angolanos e sete cubanos, e 215 enfermeiros.
Para melhor atendimento público, o sanatório necessita de 87 médicos, segundo o seu director clínico, João da Conceição Chiwana.
Para a ministra da Saúde Sílvia Lutukuta, a tuberculose é uma patologia com alta mortalidade e, neste sentido, exige acções integradas e investimentos adicionais.
Sublinhou que a tuberculose constitui um caso sério de saúde pública e que a ocorrência de casos, no seio das comunidades, tem vindo a aumentar desde 2012, com cerca de 60 mil pessoas infectadas por essa doença.
Por sua parte, o governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, destacou a importância da visita do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, por se tratar de uma instituição hospitalar de carácter nacional.
Angop
