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Funcionários do Banco Atlântico condenados a 16 anos de cadeia

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Quatro ex-funcionários seniores da agência do banco Millennium Atlântico (BMA) do Luena, foram, na sexta-feira, condenados entre 15 e 16 anos de prisão maior, por crimes económicos, patrimoniais e falsificação, pelo Tribunal Provincial do Moxico.

Estão “arrolados” no processo nº 38-E/017, Gusmão António David, Valdano de Jesus Humberto Canjinji, Bernarda Sonha Capitão e Victor Dárcio Seabra Pinto, acusados de crimes de falsificação de títulos de créditos, falsidade informática, abuso de confiança de forma continuada, abusos de confiança, falsificação de documentos de natureza mercantil, burla por defraudação e furto doméstico.

Tais delitos, que resultaram no extravio de mais de 77 milhões de Kwanzas e 15 mil dólares norte-americanos de diversos clientes do BMA, estão previstos e puníveis ao abrigo do artigo 34 do Código Penal.

O juiz da 5ª secção da sala dos crimes comuns, Rivaltino Van-dunem condenou os três últimos arguidos com cúmulo jurídico a pena de 16 anos de prisão maior, devendo, os três, pagarem uma taxa de justiça de 100 mil Kwanzas, cada.

MOXICO: TRIBUNAL PROVINCIAL DO MOXICO, CONDENADOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO MILENHUM ATLANTICO POR VÁRIOS CRIMES

 

Gusmão António David, que cometeu crimes idênticos, viu sua a pena reduzida de 16 para 15 anos, por colaborar e ser fundamental durante o processo de investigação.

Os quatro réus pagarão igualmente uma quantia de mais de 75 milhões de Kwanzas e 15 mil dólares norte-americanos, de “forma solidária”, ao banco Millennium Atlântico, além de uma indeminização de 10 milhões de Kwanzas.

Depois da leitura da sentença, o juiz esclareceu que, os delitos, de co-autoria moral e material, as suas penas variam entre 12 a 16 anos de prisão maior, mas, não se atenuou, pelo facto de os réus não dizerem o destino dados aos valores e não repararem de forma parcial os danos ao ofendido.

“Ainda assim, a pena não é definitiva. Porque a natureza do processo será algo de recurso por parte do Tribunal Supremo, que pode manter, reduzir, aumentar ou anular a pena. Nada é definitivo”, vincou, durante as alegações finais do processo que remota em Março de 2016.  

Insatisfeita com a sentença, a advogada de defesa dos constituintes Gusmão David e Bernarda Capitão, Alice Fonseca, promete recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, pois, que, esperava, por uma pena mais “branda” de oito anos, dentro de uma “atenuante extraordinária”.

Por sua vez, o assistente e advogado do Banco Millennium Atlântico, Riveraldo Adolfo, afirmou que a medida aplicada foi justa e corresponde as práticas adotadas pelos réus.

“Isto denota que o banco é sério nas suas actividades e todos que assim procederem, terão o mesmo tratamento legal. O banco não compactua com actividade ilícita”.

Angop

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