Futebol angolano visto à lupa em Congresso

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A organização de um departamento de “scouting” e a observação do treino são os temas reservados para hoje às 11h00, no II Congresso de Futebol, que encerra esta tarde, na  Sala 6 do Centro Comercial Avenida, em Luanda.

Para a sessão de abertura, a organização partilhada pela F3M, Talent Spy, Academia de Futebol de Angola (AFA) e Federação Angolana (FAF) agendou a abordagem do papel da Federação, a tecnologia ao serviço da AFA, bem como o perfil morfológico do jogador angolano, a anteceder ao primeiro intervalo.

Ontem na abertura, em representação da ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento, o secretário de Estado para os Desportos, Carlos Almeida, considerou que o país possui talentos e potencial para atingir os níveis semelhantes de outras nações do mundo, além das condições propícias para o desenvolvimento da prática desportiva.

Disse que o Ministério, enquanto departamento do Estado que tutela a política desportiva e do futebol em particular, entende que a realização do encontro está revestida de grande importância, por contribuir na busca de soluções para o desenvolvimento.

Carlos Almeida recordou que consta dos objectivos da instituição que representa e na senda das orientações do Presidente da República, João Lourenço, depois do encontro com os agentes do desporto, antes da sua eleição, e posteriormente no seu primeiro discurso sobre o estado da nação, na Assembleia Nacional.

“Devemos iniciar, já nos próximos meses, uma séria aposta nas camadas jovens, com a identificação de futuros talentos para a prática desportiva. Estes talentos devem ser acompanhados e potenciados, de modo a que, num tempo razoável, possamos atingir o pódio em competições de âmbito regional e continental”, lembrou.

O secretário fez ainda referência ao passado não muito distante, em que Angola produziu “grandes nomes” que dispensam apresentação, alguns deles presentes na sala, figuras incontornáveis do futebol.

“A presença de tão ilustres personalidades do nosso futebol, incluindo comentadores desportivos e jornalistas neste evento, demonstra claramente a importância que o desporto e o futebol de modo particular ocupa na nossa sociedade. Como se sabe, além de ser um factor de unidade nacional, o futebol é um veículo para a educação e formação da cidadania”, realçou.

No final da sua dissertação, o antigo “capitão” da Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol e seis vezes campeão africano agradeceu o convite e encorajou a F3M Angola e demais parceiros, com destaque da Talent Spy, FAF, AFA e da Macro Sport, por juntarem-se à iniciativa. Apelou a todos os envolvidos a abordar com profundidade o tema, no sentido de mudar o actual cenário.

Mais abrangência

Em declarações ao Jornal de Angola, Artur Almeida, presidente da FAF, prometeu que no futuro esta iniciativa vai ser mais abrangente e participativa, de modo a que todos os agentes da modalidade possam dar a sua contribuição com propriedade, focados nas técnicas modernas do futebol mundial.

Ainda ontem, durante a apresentação do segundo tema, Selecções Provinciais e Nacional, Dino Paulo, director executivo da FAF, de forma introdutória, falou do apogeu do futebol angolano e das causas para o seu declínio.

Moderado pelo radialista Arlindo Macedo, o treinador das camadas jovens Carlos Queirós abordou as dificuldades e apontou algumas possíveis soluções.

No primeiro tema do dia foi debatido o “Talento, Passado, Presente e Futuro”. No período da tarde esteve em evidência o “Projecto La Liga em África”, “Marketing e Scouting” e por último “Contratos e Transferências Internacionais”.

Hoje, depois da sessão de encerramento, está prevista a homenagem a seis antigas glórias do futebol nacional, designadamente Joaquim Dinis “Brinca N’areia”, Ndungidi Daniel, Osvaldo Saturnino “Jesus”, Domingos Inguila e Fabrice Maieco “Akwá”.

JA