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George Weah “derrotado” pela má gestão e corrupção na Libéria

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Nos primeiros 100 dias de mandato, o vencedor das presidenciais na Libéria promete vigiar os preços dos alimentos e apoios aos agricultores, para aproveitar o potencial agrícola do país. Joseph Boakai garante que não vai dar tréguas à corrupção, factor de “subdesenvolvimento”, contra a qual os líderes africanos devem lutar.

À segunda, Joseph Boakai venceu as presidenciais na Libéria, derrotando George Weah, que tentava segundo mandato nas eleições mais renhidas de sempre. O filho de camponeses pobres, que foi vice-presidente nos dois mandatos da primeira mulher a assumir a chefia de um Estado em África, Ellen Johnson Sirleaf, toma posse a 24 de Janeiro, aos 78 anos, e assume as rédeas de um país que enfrenta inflação alta e escassez de alimentos, após cinco anos de um mandato marcado por acusações de má gestão e sucessivos escândalos de corrupção.

“Nos primeiros 100 dias, vamos certificar-nos de que nenhum veículo no país ficará preso na lama. Isso irá afectar o preço dos alimentos e o estado de saúde das pessoas”, afirmou o candidato vencedor, que promete apoios aos agricultores, para aproveitar o “elevado potencial” agrícola do país, e “espada desembainhada contra a corrupção”, um dos principais factores do “subdesenvolvimento”.

O actual Presidente George Weah assumiu a derrota assim que a comissão eleitoral publicou os resultados da segunda volta das eleições de 10 de Outubro, que teve lugar no dia 14 de Novembro. Boakai seguia à frente, com 50,89%, quando estavam contabilizados os votos em mais de 99% das assembleias, e o actual Presidente surgia em segundo, com 49,11%. Vantagem que indicava que o vice-presidente de Ellen Johnson Sirleaf estava “numa liderança insuperável”, como afirmou Weah, no seu discurso de derrota, onde assumiu um tom conciliador.

“Na transição para a nova administração Boakai, temos de estar atentos aos perigos da divisão e trabalhar em conjunto para encontrar um terreno comum. Agora, mais do que nunca, a unidade é fundamental”, afirmou o Presidente, que apelou aos membros do partido, o Congresso para Mudança Democrática (CDC), para aceitarem os resultados eleitorais. “Esta noite, o CDC perdeu as eleições, mas a Libéria ganhou. Este é um momento de graciosidade na derrota, um momento para colocar o nosso país acima do partido e o patriotismo acima dos interesses pessoais. Continuo a ser o vosso Presidente até à transferência do poder e continuarei a trabalhar para o bem da Libéria. Vamos sarar as divisões causadas pela campanha e unir- -nos”, desafiou Weah, no sábado.

O candidato derrotado estava longe de imaginar que um dia depois, um automóvel avançava contra apoiantes de Boakai, que festejavam frente à sede do Partido da Unidade, em Monróvia, atingindo dezenas de pessoas. Dez apoiantes tiveram morte imediata e 16 foram transportadas para o hospital, segundo a polícia. O motorista fugiu após o embate.

O filho de camponeses que chega a Presidente

Licenciado em Administração de Empresas, Joe Boakai, como é conhecido, foi o primeiro liberiano a ocupar o cargo de director-geral da Liberia Produce Marketing Corporation (LPMC), em 1980, antes de se tornar o ministro da Agricultura que descentralizou o sector, com a criação de centros regionais, e antes de assumir a chefia da petrolífera nacional, a Liberian Petroleum Refining Corporation.

Depois dessa experiência como servidor público, dedicou-se ao sector privado, o que lhe permitiu inúmeras viagens, como descreve a sua biografia de campanha. Quando a paz foi restaurada, em 2005, foi eleito vice-presidente da primeira mulher a chegar à Chefia de um Estado africano, cargo que ocupou durante 12 anos. Ainda tentou a presidência, nas eleições de 2017, mas perdeu a votação para o vencedor da Bola de Ouro de 1995, que anunciou ventos de mudança na sua Libéria natal, após uma carreira bem-sucedida no futebol europeu.

Na sua vida pública, Boakai assumiu como estandartes a defesa da “integridade pública e o combate à corrupção”. Bandeiras que voltou a hastear nesta campanha, com o argumento de que a “corrupção em todas as suas ma privação e é contra isso que os líderes africanos devem lutar”. Um Presidente com idade avançada e experiência Sobre a sua idade, o Presidente eleito considerou que não é um factor limitador, antes um trunfo, apesar da alcunha de “Sleepy Joe” (Joe dorminhoco), devido a vários episódios.

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