“Estamos a aumentar a oferta de água nas cidades capitais de província e de município para servir as populações e as indústrias. Consideramos, no entanto, que as cidades de Luanda e do Lubango vivem uma situação crítica em termos de abastecimento de água devido ao grande e desordenado crescimentoda sua população”, disse, o presidente, na cerimónia de abertura da 38ª Edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), ressaltando que tais projectos já estão aprovados.
João Lourenço destacou ainda os avanços que o país está a ter com a energia produzida no Ciclo Combinado do Soyo, nas barragens hidroeléctricas de Capanda, de Cambambe, de Laúca e dos parques solares do Biópio, da Baía Farta em Benguela, do Caraculo no Namibe e, em breve, também na Lunda Sul, Lunda Norte e Moxico.
“Angola está a produzir cada vez mais energia eléctrica, sobretudo de fontes limpas na bacia do baixo Kwanza. Ontem mesmo recebi a senhora Presidente do EXIMBANK americano que veio trabalhar com a parte angolana no financiamento do grande projecto de produção de energia solar nas províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango”, disse.
Em causa está o encontro que o Chefe de Estado manteve, com a presidente do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos da América, EXIMBANK, Reta Jo Lewis, na Cidade Alta para avaliar, entre outros assuntos, um financiamento no valor de 900 milhões de dólares, para apoiar a construção de duas centrais de energia solar fotovoltaica no país.
“Este projecto vai transformar a vida de milhões de cidadãos angolanos do meio rural, em particular daquelas províncias. Agradeço em nome de todos os angolanos ao Presidente Joe Biden, pelo seu empenho que foi determinante para garantir que este projecto arranque de facto, se torne uma realidade e uma bandeira das relações entre Angola e os Estados Unidos da América”, ressaltou.
Luachimo
João Lourenço anunciou também que a barragem de Luachimo, na Lunda Norte, entra em funcionamento ainda este ano “com a totalidade das suas turbinas, para alimentar não apenas o Dundo mas também o Lucapa, o Nzagi e alguns projectos diamantíferos da região, o que vai representar uma grande poupança de combustível”.
Contudo, destacou, “para que esta energia produzida beneficie o país no seu todo, estando já os sistemas norte e Centro interligados, precisamos de estendê-los ao Sul e Leste do país. É assim que estamos a trabalhar nos projectos das linhas de transmissão de Laúca-Malanje-Xá Muteba-Saurimo e, a partir daí, a todo o leste do país; na linha de transmissão Gove-Matala; Gove-Menongue e na linha de transmissão Belém do Huambo-Lubango-Moçâmedes-Tômbua”.
“Quando forem concluídas estas linhas de transmissão de energia em alta tensão e respectivas subestações, serão desactivadas as centrais térmicas de Saurimo, do Lubango e de Moçâmedes, o que vai representar um grande ganho ambiental com a redução considerável da emissão de dióxido de carbono, e uma grande poupança de recursos financeiros despendidos com o consumo diário de diesel que deixará de ser utilizado”, avançou, João Lourenço.
ANGOP