O Governo do Senegal restringiu o acesso à Internet desde segunda-feira, devido à propagação de “mensagens de ódio” depois de o líder da oposição ter sido detido, referiu a Al Jazeera.
“Devido à disseminação de mensagens subversivas e de ódio nas redes sociais, a Internet móvel vai ser temporariamente sunpensa durante certas horas do dia, a começar esta segunda-feira, 31 de Julho. Os operadores móveis são obrigados a cumprir os requisitos”, informou o ministro das Comunicações, Moussa Bocar Thiam, em comunicado.
A decisão foi comunicada depois de o líder da oposição, Ousmane Sonko, há três dias em prisão domiciliária, ter sido acusado de conspirar uma revolta, minar a segurança nacional, associação com um grupo terrorista e divulgar notícias falsas, entre outros crimes.
Reagindo às acusações, Sonko, que foi condenado em Junho a dois anos de prisão in absentia por corromper moralmente uma jovem senegalesa, um crime que no Senegal pode ser punido com uma pena de até cinco anos de prisão, anunciou no domingo que ia fazer uma greve de fome e apelou aos seus seguidores que resistam à “opressão”.
Os apoiantes de Ousmane Sonko temem que o líder da oposição possa vir a ser condenado, sendo assim impedido de se candidatar às eleições presidenciais senegalesas no próximo ano. O actual Presidente do Senegal, Macky Sall, que foi reeleito em 2022, está à frente do país desde 2012.
JA