O governo angolano busca, com a primeira emissão de obrigações da Sonangol no valor de 75 mil milhões de kwanzas, fortalecer a base financeira do país e impulsionar o desenvolvimento económico de maneira sustentável. A primeira emissão de obrigações será ao preço unitário de 10 mil kwanzas, correspondente a 7.500.000 obrigações, à taxa de juros de 17,5% ao ano.
A oferta de Obrigações Sonangol 2023-2028 destina-se a pessoas singulares ou colectivas que sejam residentes ou tenham estabelecimento em Angola, devendo ter um investimento mínimo de 10 obrigações, 100 mil kwanzas.
A Áurea – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, BFA Capital Markets – SDVM, S.A. e o Standard Bank serão os intermediários responsáveis pela colocação das obrigações. A emissão enquadra-se na estratégia da empresa de diversificar as suas fontes de financiamento, permitindo alavancar as suas operações e investimentos estratégicos.
A visão da Sonangol é tornar-se numa companhia de referência no continente africano, comprometida com a sustentabilidade e o desenvolvimento do país. Segundo o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, que falava na cerimónia de lançamento da primeira emissão de obrigações, o Estado, enquanto accionista da Sonangol, está bastante confiante com este passo, principalmente pelo impacto positivo que esta emissão deverá ter no mercado financeiro nacional.
José Alexandre Barroso considerou como um acto histórico para o Sector Empresarial Público Angolano, por ser a primeira Emissão de Dívida Obrigacionista da Sonangol e Oferta Pública de Subscrição de Obrigações. Conforme José Alexandre Barroso, a pretensão é que, no curto e médio prazo, outras empresas públicas possam optar por diversificar as suas fontes de financiamento similares e potencializar, ainda mais, o Mercado de Capitais Angolano.
“A Sonangol tem, em nossa humilde opinião, uma trajectória sólida de crescimento e rentabilidade e esta emissão permitirá obter fundos de que necessita para investir em projectos estratégicos, que deverão impulsionar, de forma crescente e sustentável, o sucesso da nossa Companhia de Bandeira”, disse.
José Alexandre Barroso reforçou que, a mesma confiança que depositam na Sonangol, transmitem a outras empresas do Sector Empresarial Público de Angola, convidando os intervenientes do mercado, independentemente da sua dimensão, “a participarem desta jornada, que garantirá boa rentabilidade a todos”.
O responsável recordou que o Executivo Angolano tem o compromisso de listar a Sonangol em bolsa até 2026, e “esta emissão constitui um elemento crucial no processo que conduzirá à Oferta Publica Inicial (OPI) da empresa”.
A Sonangol — Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, E.P. — é a empresa estatal angolana do ramo petrolífero vocacionada para a exploração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos no subsolo e na plataforma continental de Angola e responsável pela exploração, produção, fabricação, transporte e comercialização de hidrocarbonetos em Angola.
ANGOP