O Governo vai investir mil milhões de euros numa frota de corvetas com 71 metros de comprimento para a Marinha de Guerra, “capaz de realizar múltiplos tipos de missões para proteger a costa de 1.600 quilómetros de Angola”.
A notícia da aquisição das corvetas BR71 MKII, equipadas com um radar a três dimensões, comunicações seguras, um canhão principal e sistemas de mísseis que podem abater alvo tanto na água como no ar, é avançada pela agência Lusa, que cita um comunicado do conglomerado militar estatal dos Emirados Árabes Unidos EDGE Group.
Os navios serão construídos pela Abu Dhabi Ship Building (ADBS), uma subsidiária do EDGE Group, num estaleiro com uma área de 330 mil metros quadrados, na capital dos Emirados Árabes Unidos.
Este investimento junta-se ao anunciado em Abril de 2022 – uma aquisição de três aviões C295s à Airbus, dois deles equipadas especificamente para vigilância marítima e uma para missões de transporte.
Os dois C295 produzidos como Aeronaves de Vigilância Marítima (MSA) terão um papel fundamental para Busca e Salvamento, controlo de pesca ilegal e das fronteiras, apoio em caso de desastres naturais, entre outros. Eles serão equipados com o sistema de missão Fully Integrated Tactical System (FITS) desenvolvido pela Airbus, bem como sensores de última geração.
As três aeronaves serão equipadas com a versão mais recente do conjunto de aviónicos (toda a electrónica a bordo dos aviões) Collins Aerospace Pro Line Fusion.
Mas a encomenda das três aeronaves está prevista desde 2018, quando em Março o Presidente autorizou por despacho, a compra de três aviões do tipo C-295, para transporte táctico, no valor global de 159,9 milhões de euros, para equipar a Marinha de Guerra “com meios necessários para a protecção do espaço Marítimo e da Zona Económica em particular”.
A justificação para a compra era a “necessidade de adquirir aviões de patrulha marítima do tipo C-295 para assegurar as missões de observação e vigilância da referida zona, com vista a garantir a soberania nacional”.
No mesmo despacho, o PR autorizava o então ministro das Finanças, Archer Mangueira, “a negociar o financiamento com o Banco Bilbao Vizcaya, bem como a tratar de toda a documentação relacionada com o contrato” e a “incluir o referido contrato no plano de Investimentos Públicos (PIP).
NJ