O funcionário da Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (ELISAL), Mateus Domingos Segunda, de 35 anos, preso pelos agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na passada sexta-feira, depois de confessar que matou e queimou o primo, disse em depoimento que “não o suportava mais”.

O serviço de investigação Criminal (SIC) apresentou esta semana à imprensa o indivíduo que matou e queimou o primo por causa de três mil kwanzas, ocorrido no município do Sambizanga, na casa do homicida, no início deste mês.

Em declarações ao Novo Jornal Online, no pátio do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional (PN), o homicida, além de detalhar como matou o jovem, relatou um histórico de conflitos com o primo, que “roubava coisas constantemente para vender” da sua habitação.

“Eu vivia com ele. Tive de fugir e arrendar outra casa, porque não o suportava mais. Ele roubou a botija, depois levou a TV plasma e outras coisas” conta, sublinhando que antes de assassinar o primo tiveram uma forte discussão.

“Tive uma forte discussão com o meu primo, que culminou em confronto físico. Não sei o que me deu na cabeça, depois de surrar o meu primo e o ver deitado no chão, peguei no bidon de gasolina, despejei-o por cima dele, vi a vela acesa e atirei-a sobre o corpo dele”, explicou, acrescentando que matou e queimou o primo porque ele se gabava de ter apenas de roubar a casa dele.

Segundo o director de comunicação do Ministério do Interior, intendente Mateus Rodrigues, o homem confessou o crime e alegou que a vítima não lhe dava paz, devido aos constantes assaltos à sua residência.

“A detenção foi feita depois de o acusado sair do hospital, porque o mesmo também se queimou nas pernas. Ele disse durante os interrogatórios que perdeu a cabeça e cometeu este crime em função dos vários assaltos de que era vítima”, concluiu.

NJ