A acusação surge depois do acordo entre a defesa e os procuradores ter caído por terra devido à intervenção da juíza.
Hunter Biden, o controverso filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi formalmente indiciado a nível federal por um procurador-especial de crimes relacionados com posse ilegal de uma arma de fogo.
A acusação foi apresentada pelo procurador especial David Weiss, nomeado pelo Departamento de Justiça norte-americano em agosto, num tribunal no Delaware, segundo explicou a NBC News. Esta surge depois de a defesa de Biden e dos procuradores terem chegado a um acordo para que o filho do presidente admitisse a culpa sobre crimes fiscais de pouca gravidade e para que evitasse ir a julgamento por posse ilegal de arma de fogo.
O acordo acabou por cair por terra quando, em julho, a juíza Maryellen Noreika (nomeada durante o mandato de Donald Trump), apontou para problemas na estrutura no acordo e questionou a validade do mesmo.
O caso em concreto remonta a 2018, quando Hunter Biden comprou um revólver enquanto estaria alegadamente sobre a influência de drogas. Biden tem um historial de toxicodependência, admitido pelo próprio e pela família, mas garante que não estava a usar drogas ilegais na altura da compra.
A notícia surge ainda após o líder da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, ter anunciado que iria apoiar a abertura de um inquérito de exoneração ao presidente Joe Biden, para que o Congresso pudesse investigar o envolvimento do presidente nos processos fiscais do filho e ter acesso a documentação confidencial.
Hunter tornou-se um dos principais alvos da direita contra o presidente, que questiona ainda negócios que o mesmo fez na Ucrânia e na China quando Barack Obama era presidente.
O caso sobre a alegada compra e posse ilegal de arma de fogo está a ser liderado por David Weiss, um procurador especial que foi nomeado por Donald Trump em 2018 para investigar as acusações contra o filho do presidente. A investigação arrancou um ano antes de Joe Biden anunciar a candidatura à presidência. Em agosto, Merrick Garland, o procurador-geral dos Estados Unidos, elevou Weiss a procurador especial, dando-lhe mais poderes para acusar Hunter Biden a nível federal.
LUSA