O Estado gastou em 2021, 441 milhões USD com a importação de produtos pecuários como carnes, ovos e leites, indicam dados do Plano Nacional de Fomento da Pecuária (Planapecuária).
Do total das despesas com esses bens, segundo o Planapecuária, a importação de produtos de aves consumiu 238,40 milhões USD, representando 54% das importações.
Em relação às quantidades de produtos pecuários em 2021, foram importadas 324,7 mil toneladas, das quais produtos de aves com 235,9 mil, suínos 66,6 mil e bovinos 22,2 mil toneladas.
De acordo com o Planapecuária, Angola tem vindo a reduzir a importação de carnes de 2017 a 2021, em decorrência das medidas implementadas e do aumento da produção interna. Nessa altura, por exemplo, o País possui um efectivo pecuário de 19,0 milhões, sendo 3,2 milhões de bovinos 4,7 milhões de caprinos, 384,1 mil ovinos, 1,6 milhão de suínos e 9,0 milhões de aves.
Quanto a sua distribuição territorial por categoria, avalia-se que a produção bovina é maioritariamente desenvolvida nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe, com 32%, 28,5% e 16% do total nacional, respectivamente. Ou seja, 76,5% do total nacional.
As referidas províncias destacam-se igualmente na criação de caprinos, associando-se a elas a província do Huambo cujo efectivo representa 18% do total nacional.
Por seu lado, a província do Huambo destaca-se, igualmente, na actividade de criação de aves (36,5%), seguindo-se a província do Cunene (19%), e da província do Bié (12%), representando 67,5% do total nacional.
O Planapecuária enquadra-se nas políticas e estratégias do Governo Angolano para o quinquénio 2023-2027, em que o subsector da pecuária foi definido como uma das grandes linhas prioritárias para o combate à fome, redução da pobreza e promoção do desenvolvimento social e económico do País.
ANGOP