Os projectos em implementação deste ano na Zona Económica Especial Luanda (ZEE) – Bengo, representam 140 milhões de dólares, um incremento de 78% em relação às receitas líquidas absorvidas nos três anos anteriores, cifradas em cerca de 23 milhões de dólares.
A informação foi avançada à imprensa pelo presidente do Conselho de Administração daquele pólo industrial, António Henriques da Silva, quando fazia um balanço das principais acções levadas a cabo no presente exercício económico, à margem do acto de apresentação do prémio AEZO, que classificou a ZEE Luanda -Bengo como a melhor zona económica especial da África Subsariana em 2022.
O presidente do Conselho de Administração da ZEE, referiu que em 2019 as receitas se situaram em 5,9 milhões de dólares, ao passo que no ano transacto atingiram cerca de 7, 0 milhões.
“O crescimento de 78% em 2022 é positivo, mas acreditamos que as receitas atinjam volumes muito superiores, em função dos novos investimentos”, afirmou António Henriques da Silva para ilustrar a dinâmica da actividade na ZEE Luanda-Bengo.
António Henriques da Silva frisou que a ZEE tem estado a dar passos positivos com reflexos maiores nos níveis de emprego no país, tendo em conta que de cerca de 3 mil postos de trabalho em 2018, em 2021 o número já se situava em torno de 6 mil e no ano prestes a terminar são contabilizados 7 139 trabalhadores.
As estatísticas atestam que, “a actividade está a ganhar massa crítica”, pelo que urge a necessidade de atrair mais investidores, um exercício que o gestor disse estar a ser feito “com determinação”, num ano em que foram aprovados mais 12 projectos, num total de quatro propostas apresentadas que comportam sectores que vão da Indústria Transformadora e Transportes, à Saúde, Beleza e Siderurgia.
“Tudo isso, na perspectiva da diversificação económica, é uma ilustração clara de que o interesse está a aumentar para o desenvolvimento da Zona Económica e não só. O volume de negócios que está a ser gerado aqui permite-nos ter autonomia financeira, uma vez que a ZEE não é financiada pelo Orçamento Geral do Estado, ou seja, as receitas e actividades que desenvolvemos enquanto empresa gestora resultam das receitas que temos estado a produzir”, declarou.