“O problema da Sonangol não é e nunca foi Isabel dos Santos”, afirma a empresária, desmentido as acusações de que havia sido sob a sua gerência que a petrolífera tinha chegado à falência.
Isabel dos Santos reagiu este domingo, num longo comunicado, às acusações de que foi alvo por parte da nova administração da Sonangol.
A empresária disse que “não pode deixar de demonstrar” a sua total “indignação com a forma como, sob o título de “Constatações/Factos” foram feitas acusações e insinuações graves, algumas das quais caluniosas”, contra a sua “honra e contra o trabalho sério, profissional e competente que a equipa do anterior Conselho de Administração desenvolveu ao longo de 18 meses”.
A empresária angolana considera que foi lançado um ” ataque directo ao anterior Conselho”, e à sua pessoa em particular, “com insinuações e acusações directas de desonestidade”.
Isabel dos Santos ameaça que não deixará “de tomar todas as medidas, e encetar todas as providências legais, adequadas e necessárias à protecção do meu bom nome e defesa dos meus direitos”.
Sobre as acusações lançadas pelo actual presidente da Sonangol, Isabel dos Santos considera que se trata de “nada mais que um circo, uma encenação! Procurar buscar um bode expiatório, para esconder o passado negro da Sonangol, e escolher fazer acusações ao anterior Conselho de Administração”.
No longo comunicado onde refuta todas as acusações que foram lançadas sobre a anterior gestão da Sonangol, Isabel dos Santos considera que “as tentativas de Carlos Saturnino de reescrever a história são consequência, no meu entender, de um retorno em força da cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundaram a Sonagol em primeiro lugar”.
A empresária adianta que existem “interesses financeiros que durante anos aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol, e agora tudo fazem para que o escândalo da minha acusação difamatória distraia a opinião pública de ver os verdadeiros responsáveis”.
“Esta campanha generalizada e politizada contra mim faz-me acreditar que estão de retorno os interesses das pessoas que enriqueceram bilhões à custa da Sonangol. São estes que hoje fomentam e agitam a opinião pública de forma a poder retomar os seus velhos hábitos“.
A empresária diz ainda que “o problema da Sonangol não é e nunca foi Isabel dos Santos, mas sim a irresponsabilidade da gestão e das entidades que beneficiarão de contratos leoninos e ganharam milhões, e hoje esperam poder continuar a gozar e viver desta prevaricação”.