O deputado e dirigente histórico da UNITA, Almerindo Jaka Jamba, morreu no dia 1 de Abril, em Luanda, vítima de acidente vascular cerebral, confirma fonte do partido UNITA.
Jaka Jamba, formado em filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa, era historiador e político, tinha 69 anos de idade.
Jaka Kamba nasceu em 1949, a 21 de Março – e era o último dirigente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) vivo dos que estiveram presentes na preparação e efectivação dos Acordos deAlvor, assinado em Portugal, (Algarve), em Janeiro de 1975, pelos três movimentos de libertação, UNITA, FNLA e MPLA, que viria a definir os parâmetros do Governo de transição, que viria a integrar.
Ingressou no partido de Jonas Savimbi em 1972. Actualmente era deputado e integrava a Comissão Parlamentar de Educação, onde tinha a seu cargo o departamento do Ensino Superior.
Dentro da UNITA era um dos mais antigos e respeitados militantes, contando ainda com sólido respeito da sociedade angolana, dentro e fora do partido.
No partido do “Galo Negro” ocupou várias funções ao longo dos anos, entre estas a de secretário de Educação e dos dos Negócios Estrangeiros.
O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, lembrou ao Novo Jornal Online o “pensador profundo” e o “reconciliador nato” que era Jaka Jamba, lamentando a sua morte ao mesmo tempo que alertava para a “imensa falta que vai fazer à UNITAe ao país”.
“Jaka Jamba era uma biblioteca viva, um homem de conhecimento profundo e sempre disponível para o partilhar. Era uma figura extraordinária e irrepetível”, disse, acrescentando que “a sua grande experiência – esteve, por exemplo, no Governo de transição em 1975 – não poderá ser substituída”.
Alcides Sakala sublinha ainda e por último, lembrando que o partido vai pronunciar-se, que a “forma irrepreensível” como Jaka Jamba lidava com todos deve ser transformada em “referência” porque isso será de grande utilidade para Angola.
NJ