O Presidente da República, João Lourenço, rendeu homenagem, neste domingo, ao antigo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gilberto Buta Lutucuta, falecido sexta-feira (18), em Luanda, aos 80 anos, vítima de doença.
No ex-Quartel General RI-20, João Lourenço, acompanhado da Primeira Dama, Ana Dias Lourenço, inclinou-se ante à urna com os restos mortais do falecido dirigente e transmitiu sentimentos de pesar à família enlutada.
Durante a cerimónia, também homenagearam Gilberto Lutucuta, o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, deputados, membros do Governo, representantes de partidos políticos e da sociedade civil.
No velório, a filha, Sílvia Lutucuta, e ministra da Saúde, considerou o finado um “pai presente, que sempre deu o melhor para os filhos e à família” e que partiu súbita e prematuramente, apesar dos 80 anos de idade.
Referiu que o pai sempre defendeu que “todas as pessoas são especiais e que, independentemente do seu carácter, merecem respeito e consideração”, e que “valia a pena consentir sacrifícios para criar gerações vindouras mais capazes e fortes”.
Na ocasião, Sílvia Lutucuta apontou, como outro ensinamento do ex-governante, que “não existem inimigos, apenas pessoas com convicções divergentes, diferentes formas de pensar, agir e reagir e que as opiniões contrárias são barómetros para testar o nosso carácter e nos desafiam também para servirmos melhor”.
O actual ministro da Agricultura e Pescas, António de Assis, considerou o antigo dirigente “humilde”, “conselheiro” e “uma enciclopédia”.
Elogio fúnebre
No elogio fúnebre, o historiador Cornélio Caley, enalteceu as virtudes e o percurso de Gilberto Lutucuta desde o nascimento na missão Evangélica do Tchilume, Bailundo, Huambo, a 17 de Dezembro de 1941, até a carreira política, passando pelo casamento e pelo percurso profissional.
Os antigos estudantes do Instituto Médio Agrário de Kangola, província do Uíge, lembraram o velho director da instituição como “conselheiro e provedor”, capaz de corrigir comportamentos e moldar o carácter dos alunos para fazer pessoas de bem”.
A urna com os restos mortais de Gilberto Buta Lutucuta seguiu para a sua terra natal, município do Bailundo, na província do Huambo.
Angop