O Presidente da república reconheceu a necessidade de se aumentar a produção nacional e consequentemente diminuir a dependência externa por produtos com potencial e capacidade produção interna.
O Chefe de Estado disse, hoje, segunda-feira, 16, em Luanda, que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia trouxe consigo uma das mais graves crises energética e alimentar das últimas décadas, impacto social adverso para os países mais vulneráveis a choques externos.
João Lourenço defendeu, por isso, a necessidade de se “aumentar a produção nacional e diminuir a nossa dependência externa de produtos (com) potencial e capacidade de produzir localmente para satisfazer as necessidades internas e aumentar o volume e diversidade dos produtos a exportar”.
“Esses tempos têm sido marcados por um agravamento da crise social, na medida em que assistimos ao aumento dos preços de vários produtos e, por consequência, a uma diminuição do poder de compra das famílias”, afirmou, dirigindo-se a mensagem sobre o Estado da Nação.
Ao intervir por ocasião da cerimónia oficial de abertura da II Sessão da V Legislatura da Assembleia Nacional, o estadista disse que a avaliação do desempenho da economia nacional é também uma consequência do cenário internacional marcado pela situação político-militar no Ocidente e agora no Médio Oriente.
“Infelizmente, tal realidade afectou negativamente todos os países do mundo e suas respectivas economias. Como consequência disso, a avaliação do desempenho recente da economia nacional permite antever uma desaceleração da actividade económica”, frisou.
Salientou, neste sentido, que a desaceleração deve-se à recessão esperada do sector dos petróleos e gás natural.
“Depois de um período marcado por uma trajectória de estabilidade no nível geral de preços na nossa economia, temos verificado, nos últimos meses, uma tendência inflacionista, influenciada por factores externos como a subida de preços dos alimentos nos mercados internacionais”, disse.
A situação, de acordo com João Lourenço, os acontecimentos no panorama internacional reforçam a nossa convicção sobre a necessidade de continuarmos a transformação estrutural da nossa economia para que ela seja mais forte, menos dependente e vulnerável do exterior e mais capaz de suportar choques externos adversos.
E & M