João Lourenço lamentou a detenção, na manifestação de sábado, de jornalistas que se encontravam devidamente credenciados e no pleno exercício das suas funções. Disse tratar-se de um acto que espera “não voltar a acontecer” .

Lembrou que num Estado de Direito e Democrático, os cidadãos têm o direito de reunião e de manifestação, de se divertir e  gozar da livre circulação pelo território nacional.

João Lourenço sublinhou que face à grave ameaça de propagação e de contaminação em massa da pandemia da Covid-19, as autoridades competentes decidiram pelo confinamento, em casa, pela cerca sanitária de um determinado aglomerado populacional, interdição das praias e da frequência ou mesmo encerramento de bares, restaurantes, cinemas, entre outros locais.

“No interesse do bem comum de toda uma comunidade e dá Nação, é um sacrifício que todos temos o dever cívico de consentir”, defendeu.

O Presidente João Lourenço adiantou que as medidas constantes nos Decretos Presidenciais, quer no quadro do Estado de Emergência, quer no de Calamidade Pública, podem ser alterados a qualquer momento, em função da evolução da pandemia.

Lembrou que algumas das grandes nações da América, Europa e de outros quadrantes, começaram já a declarar, publicamente, que perderam o controlo da pandemia, facto que, sublinhou, só vem provar o quão séria é a ameaça da Covid-19.

“Não pretendemos ser melhor que ninguém. Não se trata de uma competição, mas se cada país procurar fazer o melhor que pode, no sentido de conter, no máximo, a propagação da pandemia, esse esforço será a sua contribuição para a erradicação da pandemia à escala mundial”, salientou.

João Lourenço disse ser “necessário que se faça tudo para que o país não venha, um dia, a fazer uma declaração de incapacidade ou, pelo menos, procurar adiar o mais possível esse dia”, que desejou não acontecer nunca.
Lembrou que, no país, já foram realizadas manifestações pacíficas de protesto ou de reivindicação de direito.

JA