As contas do Banco Keve referente ao exercício financeiro de 2022 registaram, entre Janeiro e Dezembro, um total de 26,5 mil milhões de Kwanzas de lucros, evidenciando um crescimento considerável nas operações, se considerarmos que, em 2021, o banco encerrou o exercício com perdas de 20.357 milhões de Kwanzas.
Esta melhoria ajudou na subida da instituição bancária para o ranking dos seis maiores bancos em lucros do mercado nacional, de acordo com o relatório ‘Banca em Análise’, da consultora de serviços financeiros, Deloitte.
A ajudar na performance do banco gerido por Bruno Grilo, está, entre outros, o crescimento do produto bancário em cerca de 253%, com especial impacto da melhoria da margem financeira e dos resultados cambiais, conforme justifica o relatório da consultora líder das big four da auditoria financeira e banca mundial, apreseuntado esta Quarta-feira, 19.
“De destacar a recuperação do Keve que apresentou um resultado líquido em 2022 de 26 501 milhões de kwanzas, quando em 2021, tinha apresentado um resultado líquido de 20 357 milhões de kwanzas, resultante do crescimento do produto bancário em cerca de 253%, com especial impacto da melhoria da margem financeira e dos resultados cambiais.
Esta melhoria do Keve foi ainda influenciada pelas reformas que a gestão de Bruno Grilo levou a cabo entre 2021 e finais do ano passado, o que também ‘empurrou’ a instituição bancária para a lista de bancos sistémicos do mercado doméstico.
De crescimento não é tudo. Só o activo, principal indicador de mensuração da grande das empresas, disparou mais de 80%, ao sair dos anteriores 331.292 milhões de Kwanzas para 611.620 milhões até 31 de Dezembro de 2022.
O banco, que se reposionou no mercado como instituição mais virada para o corporate, também viu a sua carteira de crédito a disparar para dos 80%, precisamente 84,5%. Ou seja, o Keve fechou 2022 com um stock de créditos a clientes a rondar os 120.992 milhões de Kwanzas, quando, em 2021, o balanço inscreveu apenas 65.228 milhões de Kwanzas.
No global de toda banca, e no que se refere à exposição bruta de crédito a clientes, verifica-se que, em 2022, a mesma teve um decréscimo de cerca de 3 pontos percentuais, para um total de 4,4 biliões de Kwanzas face aos 4.5 biliões registados em 2021, isto sem considerar a informação financeira do Banco Económico para esta data.
“De referir que esta tendência é inversa ao registado entre 2020 e 2021 em que a exposição teve um aumento de cerca de 3,8 pontos percentuais”, descreve o relatório.
NJ