A carência do leite natural no mercado interno, segundo o gestor, pode ser suprida com o aumento do número de unidades com vacas leiteiras assim como de criadores/produtores de vacas leiteiras.
Incentivando, o presidente da empresa pioneira na produção de lacticínios em Angola disse à ANGOP que o investimento em manadas de vacas produtoras de leite é rentável, “porque a vaca leiteira dá rendimento o ano todo ao criador e todos os dias dá leite e a fábrica compra-o diariamente”.
Nesta altura, a unidade fabril da Lactiangol produz 300 mil litros de leite por semana, mas tem uma capacidade instalada para meio milhão de litros por semana.
A capacidade instalada actual é resultante de um investimento feito pela companhia, avaliado em 30 milhões de dólares norte-americanos em 2017. “Porém, a empresa perde porque está sem possibilidade de utilizar plenamente a capacidade.
A gestão enfrenta, também, nessa altura, umas das maiores dificuldades do momento do sector empresarial produtivo – a obtenção de divisas para adquirir matéria-prima e maquinarias.
Por outro lado, o empresário manifestou sua insatisfação pelo facto de o Governo não contemplar o sector de lacticínios no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).
Questionado sobre onde são adquiridas as embalagens dos seus produtos, José César Macedo informou que o material é vendido pela Tetra Pack, uma multinacional monopolista.
Quanto gasta
Para a aquisição desse material importado a empresa gasta um quinto do valor do pacote de leite em embalagem, cerca de 20 porcento do valor do leite em embalagem.
A companhia dispõe uma variedade de produtos por si manufacturados e distribuídos, destacando-se o Leite Ultrapasteurizado UHT, achocolatado, iogurte Sólido natural e aromatizado, iogurte líquido, manteiga Pasteurizada, sumos e gelados
Comercializa também leite condensado, queijo Tipo Edam (Flamengo), bem como Sobremesas lácteas e água de nascente natural (Água da Chela).
Criada em Março de 1994, a Lactiangol tornou-se na principal unidade industrial de Lacticínios de Angola, sendo a líder no mercado nacional na sua área de actividade. Integra a estrutura accionista da empresa o Estado angolano, a Agropromotora (portuguesa), trabalhadores e uma quota de investidores privados nacionais.
Actualmente a empresa emprega 250 trabalhadores.