Um homem de 28 anos, que tinha sido dado como desaparecido, foi encontrado esquartejado dentro de um balde no interior de um terreno baldio.
A vítima foi assassinada num contexto de retaliação, depois de ter caído numa armadilha na centralidade Vila Pacífica, distrito do Zango, município de Viana, em Luanda.
Em causa está o furto de 30 mil dólares norte-americanos ocorrido em 2017 e a liberdade da vítima no início deste ano, após cumprir quatro anos de cadeia pelo furto dos valores em causa.
O mandante do crime, o irmão mais velho da vítima, já detido, não gostou de saber que o irmão tinha sido solto, avançou ao Novo Jornal o director do Gabinete de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal(SIC) Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho.
Ao que o Novo Jornal apurou, o mandante do crime, em companhia da sua esposa, também detida, arquitectaram o crime contratando um indivíduo para a materialização deste plano.
“A mulher do acusado pagou 300 mil Kwanzas para o referido serviço, criando depois um perfil falso no Facebook com o nome fictício de Iracema de Castro. Contratando igualmente uma mulher para se fazer passar por dona do perfil falso, que terá sido recompensada com 100 mil Kwanzas”, relatou, acrescentando que a mesma fez amizade com a vítima e chegou a atraí-lo para um primeiro encontro no viaduto do Zango.
Fernando de Carvalho explicou que já estavam criadas às condições para materializar o crime no interior de um dos apartamentos do mandante (na foto, com a mulher) na centralidade Vida Pacifica, no Zango.
“Em seguida rumaram para a centralidade do Zango, projecto habitacional Vida Pacífica, onde está situada uma das propriedades do acusado. Sem que a vítima soubesse, ali já se encontravam os autores da execução, a mulher do acusado e o homem contratado”.
Segundo o superintendente-chefe, no interior do apartamento, a jovem contratada agiu como se estivesse na sua residência, deixando a vítima à vontade na sala e sob orientação da contratante.
“Serviu-lhe um copo de sumo e um prato de sopa, contendo substâncias psicotrópicas que, após a sua ingestão, deixaram a vítima numa sonolência profunda”, descreveu.
“A vítima, antes de ser morta, o seu rosto foi envolvido em fita adesiva, provocando a morte por asfixia. Depois transportaram o cadáver para um dos quartos, onde o esquartejaram com uma rebarbadora e introduziram os pedaços do corpo num balde e desfizeram-se dos restos mortais nas imediações do quilómetro 30, no município de Viana, num terreno baldio”, concluiu, Fernando de Carvalho.
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