Luis Brandão na foto destaque foi o mais longevo e incompetente ministro dos transportes por quem José Eduardo dos Santos (JES) depositou tamanha confiança por quase 20 anos de chancela do cargo (1992 a 2008). Contudo, pela mundança conjuntural, André Luis Brandão encheu o pulmão e arrolou o seu antigo chefe no caso CNC como o principal mandante dos arrombos financeiros neste órgão tutelado pelo ministério dos transportes.
Em sede do tribunal, na passada quarta-feira, Luis Brandão disse que o ex Presidente da República, José Eduardo dos Santos, autorizou o desvio de fundos do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) para beneficiar empresas particulares.
O ex Secretário do Presidente da República para a Contratação Pública, disse mesmo que foi o seu antigo chefe que autorizou a participação com 10 por cento do CNC no Banco de Negócios Internacional (BNI) de José Palhares.
Declaração que faz todo sentido, visto que dentre os primeiros accionistas maioritários deste Banco que hoje pertence a José palhares, estavam 2 dos filhos de Eduardo dos Santos que depois acabaram por vender as suas acções.
No entanto, Luís Brandão admitiu que tratou de todo processo que viria a ser formalizado por Augusto Tomás já vestes de ministro dos transportes.
Outra testemunha arrolado no processo foi Ismael Diogo, antigo PCA da Fundação Eduardo dos Santos. Sem dúvida outro homem de confiança de JES. Chamado a depor, Diogo confirmou que seu antigo chefe era o mandante das supostas operações fraudulentas na CNC.
Disse que a injecção de dinheiro feita por Augusto Tomás nas empresas ASGM e CIMMA foi igualmente autorizada pelo antigo Presidente da República, no quadro da parceria público-privada, iniciada em 2008.
A ASGM e CIMMA – a primeira virada para a importação e montagem de viaturas e a segunda para Montagens Metalomecanicas – tinham como accionistas empresas e figuras ligadas ao partido no poder.
CD/CK