Os dias de Luís Filipe Vieira como presidente do Benfica poderão ter chegado ao fim.
A TVI teve acesso em exclusivo ao despacho de indiciação do Ministério Público e o documento é claro: o procurador Rosário Teixeira, que conduz o inquérito, aponta para o perigo de fuga, fundamentado com frequentes deslocações para fora do país e pela fortuna que o presidente do Benfica terá no estrangeiro.
Nesse sentido, diz o despacho, pode verificar-se a necessidade de prisão preventiva.
Atenta a dimensão dos factos que se indicia terem sido praticados, entendemos que se impõe que lhes sejam aplicadas medidas de coação diferentes da simples sujeição a TIR [Termo de Identidade e Residência], visualizando-se mesmo a aplicação da medida de prisão preventiva, até porque estamos perante suspeitos que realizam frequentes viagens ao estrangeiro e dispõem de disponibilidades financeiras no exterior.”
No mesmo documento, são explicados os perigos de continuação da actividade criminosa e de perturbação do inquérito, motivos pelos quais Luís Filipe Vieira, mesmo que não fique preso, deverá ficar inibido de exercer funções de presidente do Benfica enquanto decorre o processo, nos próximos meses.
Além de Luís Filipe Vieira foram detidos o filho, Tiago Vieira, o advogado Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como “rei dos frangos”.
A decisão será tomada pelo juiz Carlos Alexandre, que vai desenvolver os interrogatórios aos arguidos.
Os arguidos ficarão detidos mais uma noite. São suspeitos de terem defraudado, quer o Benfica quer o Estado português.
Luís Filipe Vieira é presidente do Benfica desde 2003 e, 18 anos depois, poderá ficar inibido de exercer o cargo, pelo menos enquanto decorrer o processo.
É suspeito de estar envolvido em negócios que prejudicaram o Estado e o próprio Benfica em 100 milhões de euros. Os crimes são burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
TVI