Os comícios no âmbito da segunda volta das eleições presidenciais no Brasil terminaram quinta-feira, mas os dois candidatos têm durante um debate, na noite de hoje, a última oportunidade para conquistar o eleitorado.
Luiz Inácio Lula da Silva, apoiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e Jair Bolsonaro, cuja candidatura é suportada pelo Partido Liberal (PL), participam no último debate antes do pleito deste domingo.
O encontro, aguardando com bastante expectativa, realiza-se às 21h30 locais (01h30 de sábado em Angola), nos estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro. Mediado pelo jornalista William Bonner, o debate será transmitido em directo não só pela TV Globo, mas também pela GloboNews e pelo g1.
O debate terá cinco blocos: o primeiro e o terceiro serão de temas livres, com duração de 30 minutos. Cada candidato terá 15 minutos e deverá gerir o seu tempo entre perguntas, repostas, replicas e tréplicas. Bolsonaro abre o primeiro bloco e Lula o terceiro.
O segundo e o quarto blocos serão de temas determinados e terão duração de 20 minutos, com dois debates de 10 minutos. Os temas serão escolhidos pelos candidatos entre os seis oferecidos pela TV Globo num telão.
Cada candidato terá cinco minutos para debater e deverá gerir o tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Cada tema só poderá ser escolhido uma única vez, sem repetição. No segundo bloco, Luiz Inácio Lula da Silva inicia as perguntas. No quarto bloco, quem começa é Jair Bolsonaro.
No quinto bloco, cada candidato fará as suas considerações finais. Lula da Silva é o primeiro e Bolsonaro o segundo. A ordem em que os candidatos farão as perguntas em cada bloco, assim como as considerações finais, foi definida por sorteio com a presença de representantes dos partidos.
Alguns analistas que acompanham o desenrolar do processo eleitoral consideram que o debate não vai trazer grandes alterações à tendência de voto, que dá vantagem ao candidato do PT.
Para Rafael Cortez, o tema corrupção é dos que é aguardado com bastante expectativa, pois é nele onde no último debate, na Band News, o candidato Lula da Silva se mostrou menos confortável, alegadamente pelos escândalos que marcaram os últimos governos do PT.
Cortez disse esperar que Lula consiga conter as previsíveis investidas de Bolsonaro e contra-atacar, sob pena de ver perdida a tendência de voto a seu favor.
JA