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Luta contra corrupção abrange comunicação social

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O ministro da Comunicação Social, João Melo, desencorajou, ontem, segunda-feira, em Luanda, actos de extorsão praticados por “pseudo-jornalistas”, que se tornou comum na sociedade angolana.

“Não devem ceder a chantagem e a extorsão de pseudo-jornalistas que existem na nossa sociedade. O nosso conselho é não ceder a chantagem, se não ficamos nas mãos dos jornalistas”, alertou o governante, quando dissertava sobre a “comunicação e segurança pública num Estado Democrático e de Direito”, dirigido aos quadros e dirigentes do Ministério do Interior.

O governante aconselha a gravarem eventuais tentativas de extorsão e chantagem, de modo a encaminhar aos tribunais aquelas pessoas que enveredam pela extorsão e chantagem.

Recomendou aos dirigentes para não corromperem os jornalistas. “Na gíria jornalística, diz-se o seguinte: o jornalista quer duas coisas, ou informação ou dinheiro. O problema é quando nos enganamos e vamos dar dinheiro a quem quer informação ou o contrário. Como é difícil saber, o nosso conselho é não ir para essas práticas”.

Sobre a palestra, o ministro defendeu uma maior abertura dos órgãos de segurança pública à sociedade, antecipando-se sempre na divulgação da informação.

 O ministro explicou aos dirigentes e quadros do Ministério do Interior (MININT) que a não observância da rapidez e antecipação na divulgação da informação, pode fazer com que os órgãos de segurança pública corram riscos de serem ultrapassados, nessa era da globalização.

Recomendou para uma actividade mais pró-activa para se ter sucesso, ou seja, os órgãos de segurança pública devem ser os primeiros a noticiar a sua perspectiva, porque quem sair na dianteira, divulgando o facto sobre sua perspectiva, sai logo em vantagem e impõe a sua versão.

Face a complexidade da sociedade cada vez mais informada, João Melo advertiu que os problemas não devem, em princípio, ser escondidos, exemplificando que se a criminalidade está a aumentar, deve-se dizer, porque o cidadão já sabe e vive os tais problemas.

“Deve-se, as vezes, quando a necessidade obrigar, omitir mas nunca mentir, por não ser uma boa estratégia de comunicação. Dá resultados, mas só a curto prazo e não recomendo”, aferiu, destacando a importância da comunicação na prevenção de crimes.

Sugeriu ainda a necessidade de se potenciar os Gabinetes de Comunicação Institucional e Imprensa, planificar as acções de comunicação, recorrer as agências e especialistas, assim como gabinete de risco, para se ter sucesso na estratégia de comunicação.

“A comunicação não faz milagre, por mais ágil e brilhante que seja, o determinante é fazer as coisas bem ou demonstrar a sociedade que estamos a nos esforçar para fazer as coisas bem”, finalizou.

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