O jornalista Arlindo Macedo, um dos mais antigos e “respeitados” quadros da Rádio Nacional de Angola revelou-se inconveniente ao ter tentado defender a actual direcção da RNA aquando de uma reunião, no Sábado, na sede da empresa, entre directores e o novo ministro da comunicação social, Nuno Carnaval.

A direcção da RNA tem se revelado incapaz de resolver os problemas dos “descontentes” trabalhadores mesmo após a intervenção do Sindicato dos Jornalistas que promoveu intensas negociações.

Fartos dos abusos que já vêm desde o tempo da “velha senhora” onde tudo fazia e tudo podia o  tido como mais poderoso ministro da comunicação social que o país já teve, Manuel Rabelais, os trabalhadores dão sinais visíveis que não alinham com o Conselho de Administração da RNA cujo presidente dá pelo nome de Marcos Lopes.

A direcção de Lopes ficou marcada pela negativa quando sem antes velar pelos problemas dos trabalhodores optou lascivamente pela aquisição de viaturas top de gama que hoje exibem-nas aos olhos dos trabalhadores famintos por melhores salários e valorização.

E por poutra, a Administradora de Conteúdos que tem poder para influenciar a actual direcção no sentido de olhar pelos interesses colectivos e em partiular dos jornaistas, pouco ou nada fez e faz. Ou melhor, segundo depoimentos, Paula Simons é a vilã dos jornalistas. Muitos foram afastados por vontade da também empresária da mídia angolana. E uma das visíveis consequências é que a qualidade editorial da RNA, que sempre foi uma tradição, está em queda livre.

É esta direcção, veementemente contestada pelos trabalhadores, que o jornalista nomeado para exercer o cargo de director de cultura corporativa da RNA, ingenuamente, ousou defender durante a reunião entre directores o ministro da CS, Nuno Carnaval.

Em reacção, Arlindo Macedo sentiu o carnaval de contestações dos seus homólogos. Foi arrasado, segundo fontes, pelo conhecido editor, Africano Neto.

“Arlindo, não te metas nisso. Você não precisa de fazer favores…” Neto soltou mesmo um “NÃO GOSTEI” à JLO.

“E parece que” desferia Africano Neto “você é um dos profissionais que ganha dinheiro a dormir nesta casa” . 

Diante da vaia dos seus colegas, a quem avança mesmo que Macedo pode ter perdido a reputação que até então granjeava de seus colegas. Macedo trocou a sua reputação por um prato de lentilhas, diga-se, cargo e salário. E que pelas mudanças que se avizinham, tudo pode perder.

Os desgostados trabalhadores foram mais longe: PEDIRAM A EXONERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA RÁDIO NACIONAL DE ANGOLA.