O sistema não bancário registou um volume de microcréditos de 15,9 mil milhões kz, o que representa um aumento de 10,2% face ao período homólogo, segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA).
De acordo com o BNA, no relatório e contas de 2022, as sociedades de microcrédito é a única cooperativa de crédito em funcionamento e financiaram 21,7 mil micro empreendedores, em todo o País.
Quanto à distribuição geográfica do microcrédito, o BNA aponta que Luanda, com uma representatividade de 81,2%, continua a se destacar no volume de crédito concedido. Segue-se a província de Benguela 4,8% e Huíla 3,9%. As menos beneficiadas foram Lunda-Norte, Moxico, Cunene, Lunda Sul.
O relatório indica que a liderança de Luanda poderá ser explicada por concentrar a actividade económica e financeira do País.
As taxas médias de juro anuais praticadas, segundo o BNA, tiveram uma diminuição de 3,9 pontos percentuais (pp), comparativamente ao período homólogo de 2021.
No período em referência, o activo das sociedades de microcrédito reduziu para cerca de 21,1 mil milhões kz, uma diminuição na ordem de 917,99 milhões kz face ao período homólogo. A redução é consequência da diminuição das imobilizações em 16,3%.
Em 2022, as sociedades de microcrédito aumentaram a composição do activo, com a rubrica créditos no sistema de pagamentos.
O BNA aponta que 78,7% dos activos foram compostos por três rubricas, nomeadamente, créditos, aplicações de liquidez e disponibilidades com um peso de 43,9%, 19,5% e 15,3% do activo total, o que se traduz numa melhoria, quando comparado com a estrutura observada em 2021.
Quanto ao passivo total das sociedades de microcrédito, o BNA afirma que se cifrou em 17,3 mil milhões kz, tendo diminuído em 2,2 mil milhões kz, ou seja, menos 11,5% face a 2021. O decréscimo deveu-se, particularmente, à diminuição da rubrica outras obrigações, em cerca de 3,4 mil milhões kz, representando 16,5% do passivo total.
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