O ministro das Finanças, Archer Mangueira, até então já tinha a tutela na berlinda por suspeitas de corrupção, fraude contra o Estado e desvios de fundos públicos.
Nas horas que correm, vão se confirmando que o próprio ministro também está a ser investigado pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) em mais de seis processos, apurou o Novo Jornal.
A informação foi confirmada ao Novo Jornal por fonte do SIC, que pediu para não ser identificada.
Segundo a mesma fonte, o ministro das Finanças é visado por desvio de fundos em mais de seis processos, “com elementos de prova sucientes para uma detenção”.
No entanto, esclarece a fonte do SIC, os investigadores só poderão avançar se a imunidade de que goza o governante for levantada.
Segundo a mesma fonte, o ministro das Finanças é visado por desvio de fundos em mais de seis processos, “com elementos de prova sucientes para uma detenção”.
No entanto, esclarece a fonte do SIC, os investigadores só poderão avançar se a imunidade de que goza o governante for levantada.
Estas alegações deverão desencadear, a qualquer momento, uma intervenção do Presidente da República, João Lourenço.
No entanto, esclarece a fonte do SIC, os investigadores só poderão avançar se a imunidade de que goza o auxiliar do PR for levantada.
Uma repentina intervenção do Presidente da República, João Lourenço, é o que se espera a qualquer momento.
O NJ apurou que o Chefe de Estado e do Governo já tem o dossiê em mãos. Facto que empolará a exoneração de Archer Mangueira, a exemplo do que aconteceu com Carlos Panzo.
O ex-secretário de Estado para os Assuntos Económicos do Presidente da República foi afastado no decurso de uma acção judicial em curso na Suíça.
A investigação levada a cabo já passou por altos funcionários da Administração Geral Tributária (AGT) e da Direcção Nacional do Tesouro.
Nomeadamente Nickolas Gelber da Silva Neto, antigo administrador do Conselho de Administração da AGT e Edson Sousa, director nacional do Tesouro, detido na passada sexta-feira, 17.
Na sequência desta última detenção, o Ministério das Finanças emitiu um comunicado no qual arma ser o “principal interessado na preservação de elevados padrões de ética e legalidade nas Finanças Públicas”.
Neste sentido, a instituição tutelada por Archer Mangueira garante que “continuará a colaborar com as autoridades judicias para o pleno esclarecimento deste caso”, em respeito dos princípios da presunção de inocência e da separação entre os poderes Executivo e Judicial.
Segundo a nota, enviada à redacção do Novo Jornal Online, o ministro das Finanças, ironia a ser comprovada, “tem insistido reiteradamente na probidade e na legalidade, junto de todos os responsáveis, técnicos e trabalhadores do Sector das Finanças Públicas”, dos quais “tem requerido carácter, competência e responsabilização”.
A respeito do escândalo na AGT, Archer Mangueira assegurou que a investigação iria prosseguir e estender-se a outras instituições públicas.
“O que se passa é um trabalho que está em curso já há algum tempo e que visa detectar as redes que estão instaladas e que têm prejudicado o nível da arrecadação das despesas.”
“É um trabalho que vai continuar e que tem que prosseguir na AGT e em todas as instituições que são responsáveis pela gestão dos recursos públicos”, disse o governante, que antes de liderar as Finanças do país presidia Comissão de Mercados de Capitais.
Apesar de ainda ser prematuro antecipar o desfecho destas diligências judiciais, o discurso proferido por João Lourenço na cerimónia de tomada de posse, ganha redobrado sentido.
O Presidente da República, que declarou guerra à corrupção, avisou que “ninguém é rico ou poderoso demais para se furtar a ser punido, nem ninguém é pobre de mais ao ponto de não poder ser protegido“.