Ministro das Finanças diz que são difamatórias as notícias que o citam como estando sob investigação

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Depois da detenção do director nacional do Tesouro, Edson Augusto dos Santos Vaz, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, reuniu, ontem, com os principais responsáveis do seu ministério para lhes transmitir uma mensagem de “serenidade.”

Archer Mangueira classificou como difamatórias algumas notícias que o colocam também a si sob alegada investigação do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Na intervenção que fez para os quadros do Ministério das Finanças, Archer Mangueira aproveitou para dizer que são difamatórias as notícias que dão conta da existência de processos que o envolvem a serem investigados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).

O responsável pelas Finanças, depois de apelar à calma e à serenidade dos quadros do ministério, alertou para o facto de ter sido a tutela que detectou e participou às autoridades os casos suspeitos de desvio de verbas públicas.

“Neste momento, alguns de vós podem estar a sentir-se tristes, com algum desânimo, eventualmente com falta de confiança. São emoções negativas, mas compreensíveis. Peço a todos que descartem essas emoções negativas e as substituam por emoções positivas. Por favor, recuperem a alegria, o entusiasmo e a confiança”, apelou Archer Mangueira.

Recorde-se que o Ministério das Finanças emitiu um comunicado a propósito da detenção do agora ex-director nacional do Tesouro onde acrescenta, já depois de ter sido noticiada a situação, que está a colaborar com as autoridades na investigação em curso, a cargo do SIC.

O ministro voltou a garantir o empenho do seu ministério no esclarecimento do caso em que o seu director nacional do Tesouro foi detido, alegadamente por questões relacionadas com pagamentos ilícitos à empresas, sublinhando que aguarda pelos resultados das
investigações conduzidas pelas autoridades competentes.

Sobre as notícias que colocam o próprio ministro como alvo de investigações do SIC, depois de o Novo Jornal ter avançado, citando uma fonte do serviço, que existem seis processos com “prova suciente” para uma eventual detenção, Archer Mangueira disse aos seus colaboradores e quadros do Ministério das Finanças que são “notícias difamatórias” e que têm como objectivo atacar a sua posição à frente das Finanças.

Para além do director nacional do Tesouro, Edson Vaz, na área económica foi ainda exonerado pelo Presidente da República, João Lourenço, o agora ex-secretário de Estado para os Assuntos Económicos do Presidente da República, no decurso de uma acção judicial em curso na Suíça, e ainda um grupo de funcionários da AGT.

Lembre-se que, segundo a nota enviada à redacção do Novo Jornal Online pelo Ministério das Finanças, Archer Mangueira “tem insistido reiteradamente na probidade e na legalidade, junto de todos os responsáveis, técnicos e trabalhadores do Sector das Finanças Públicas”, dos quais “tem requerido carácter, competência e responsabilização”.

O comunicado sublinha ainda que o Ministério das Finanças “está focado e completamente comprometido nas exigentes tarefas de gestão das finanças públicas”, nomeadamente na implementação do Plano Intercalar (Outubro de 2017 – Março 2018) de Medidas de Políticas e Acções Para a Melhoria da Situação Económica e Social.

E hoje reiterou este ponto: “Todos nós devemos estar focados e completamente comprometidos com as exigentes tarefas de gestão das finanças públicas. O Ministério das Finanças é parte activa no cumprimento do Plano Intercalar, o que exige de nós trabalho com entrega e abnegação”.

Acrescentando: “O Ministério das Finanças é o principal interessado na preservação de elevados padrões de ética e legalidade nas Finanças Públicas. Por isso, colabora sempre com as autoridades judiciais, e muitas vezes de forma proactiva. Foi assim nesse caso, no passado recente, e vai continuar a ser assim”.

NJ