A análise de um novo lote de ficheiros da operadora de offshores Mossack Fonseca permite lançar uma nova luz sobre os esquemas financeiros de uma série de figuras da elite mundial dentre elas, Lio Messi.

Dois anos depois de os Panama Papers terem começado a ser divulgados, baseados em 1,2 milhões de ficheiros, que começam meses antes de abril de 2016 – quando o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) e mais de 100 parceiros de media publicaram as histórias iniciais – e vão até dezembro de 2017, novos documentos, obtidos pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”, mostram como a Mossack Fonseca tentou conter as consequências dessa fuga de informação e os esforços para identificar os seus próprios clientes.

Os fundadores da Mossack Fonseca, Jürgen Mossack e Ramón Fonseca, não responderam às perguntas que foram enviadas pelo ICIJ ou pelos seus parceiros. Os advogados emitiram este mês um comunicado de imprensa no qual garantem que o escritório de advocacia, os seus funcionários e os seus fundadores “nunca se envolveram em atos ilegais” .

Os parceiros do ICIJ em dezenas de países (incluindo o Expresso, em Portugal) começaram a publicar novas histórias baseadas neste mais recente lote de ficheiros dos Panama Papers, que lançam uma nova luz sobre os esquemas financeiros de pessoas que foram alvo da primeira leva da investigação ou sobre outros nomes influentes ou com ligações políticas cuja associação à operadora de offshores ainda não era conhecida.

Segue-se um resumo de algumas das descobertas de Messi e seu pai.

OS NEGÓCIOS DE MESSI

A estrela argentina de futebol Lionel Messi e o seu pai evitaram pagar impostos sobre os direitos de imagem do jogador através de empresas-fantasma no Uruguai e em Belize, de acordo com investigações anteriores.

A vaga inicial dos Panama Papers revelou que a dupla pai e filho também tinha uma empresa no Panamá que era desconhecida até então. Em abril de 2016 os Messi disseram ao ICIJ e a vários parceiros que a sua offshore panamiana Mega Star Enterprises Inc. estava “totalmente inativa” .

Expresso