O Presidente da República, João Lourenço aprovou a despesa para a construção de uma nova morgue em Luanda num valor estimado de 13 milhões de dólares, através de um processo de contratação simplificada.
O despacho presidencial recentemente publicado no Diário da República, refere que a despesa é relativa a um contrato para a construção e apetrechamento do Instituto de Anatomia e Medicina Forense (morgue) Central de Luanda e um contrato de fiscalização da obra, delegando as competências do procedimento concursal na ministra da Saúde.
“O despacho justifica a adoção de um procedimento célere a nível contratual face à preocupação e urgência do executivo para implementar projetos de incidência central com impacto na melhoria dos serviços.”
O projecto tinha sido aprovado em junho de 2017, havendo agora “necessidade de se proceder à actualização dos custos aprovados em função da transferência do local, bem como o seu redimensionamento, para assegurar a continuidade da execução do projeto“, justifica o diploma.
Na semana passada João Lourenço deu também aval à construção de um novo hospital no Bengo, num valor aproximado de 53 milhões de euros, através da linha de financiamento da Luminar Finance, ligada ao grupo israelita Mitrelli, com actividade em vários sectores em Angola.
A Luminar Finance vai ser também responsável pelo crédito de 633 milhões de euros para a construção de três novas centralidades, nas províncias do Cunene, Bengo e Cabinda, total de 5.000 casas, aprovada em um outro despacho presidencial de 29 de abril.
Há 5 anos atrás, precisamente no dia 24 de Março de 2016, no meio de uma epidemia de febre-amarela, com a malária, na altura e hoje persiste, a matar a um ritmo assustador, o activista angolano Rafael Marques esteve lá e relatou o terror da morgue de Luanda.
Clique no título abaixo para recordar a realidade da Morgue de Luanda de há 5 anos que ao que parece permanece igual.
Rafael Marques e o pesadelo na morgue de Luanda
Maka Angola
Rafael Marques e o pesadelo na morgue de Luanda
Observador