Naquela que foi a edição dos Sirius dedicada ao Povo e à Pátria em Angola, Manuel Nunes Júnior foi o grande homenageado da noite, pelo seu contributo para com o País e pela sua dedicação ao longo de sete edições em que se premeia a excelência da gestão e do gestor.
Por Nilza Rodrigues
“O povo angolano é um povo heróico e generoso. Passou por dificuldades imensas e conseguiu atingir a paz.”
“Agora, tem pela frente desafios de grande importância, como o do verdadeiro desenvolvimento económico, forte e competitivo, que possa aumentar o rendimento e a qualidade de vida de todos os angolanos. Não é uma batalha fácil, mas vamos fazer com que Angola seja auto–suficiente”, disse.
O actual ministro de Estado que deixa a presidência do júri dos Sirius – Deloitte, formalizada numa cerimónia que contou com Matias Damásio que colocou gestores e administradores que formam a nata da economia nacional a acenar simbolicamente com um lenço branco ao som do Poema de Angola.
Porque “ser angolano é mais do que nascer em Angola. É fazer, de facto, algo pelo nosso País”, conforme cantou o Matias, disse ainda Nunes Júnior.
Durante o acto, os prémios, dez no total, foram sendo conhecidos entre palmas e palavras de reconhecimento.
Vítor Alves, eleito Empreendedor do Ano, aos 82 anos, partilhou uma experiência de vida ímpar com a criação da UNAR, indústrias alimentares, falou de sonhos, de terras que precisam de ser trabalhadas, das potencialidades do campo e da importância de prémios como estes, que servem de “combustível” para os empreendedores.
‘Combustível’ também é o investimento directo estrangeiro, categoria onde, neste ano, venceu a Acail Angola, para quem “o investimento não foi só de capital, mas também de tecnologia, know-how, uma aposta contínua na qualidade e na formação”.
Também a Novagrolíder, vencedora do prémio Melhor Empresa Exportadora, aposta na formação e “na luta diária para que a agricultura seja cada vez mais produtiva e tecnológica.
“Estamos empenhados na exportação e a tentar sempre criar produtos novos. Tem de haver essa vontade.”
Duarte Galhardas, o partner da Deloitte Angola, acentuou a importância dos galardões, por “reconhecerem as empresas e os gestores angolanos que mais têm contribuído para a balança comercial do País”, de forma a criar valor acrescentado para Angola, onde a consultora está presente há já duas décadas.
“Gerir no contexto actual é desafiante, mas compensador. Até onde nos leva o mundo digital?
Até que ponto os robôs vão dominar o mundo? Como nos iremos relacionar?”, questões que o Gestor do Ano, António Nunes, PCE da Angola Cables, deixou para uma meditação maior, numa altura “em que as nossas vidas são cada vez mais influenciadas pelas tecnologias”.
Sem esquecer os sonhos. José Macedo, PCA da Lactiangol Empresa do Ano não-Financeira disse-o alto e em bom som: “A Lactiangol é um sonho.
No início, todos nos chamavam loucos. Como na música de Matias Damásio. É um sonho de teimosos. Um sonho de resilientes. Fazer a nossa Angola crescer.”