A diversificação da economia angolana tem a ver com o fluxo real da economia. O que se pretende é tornar a parte real da economia cada vez mais robusta, competitiva e menos dependente dos recursos do petróleo.
Trata-se de um desafio fundamental, por duas razões:
Em primeiro lugar, a diversificação económica permite aumentar as oportunidades existentes na sociedade, de modo a que os cidadãos e as famílias possam prosperar e melhorar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.
O sector petrolífero é, nesta matéria, importante porque é um sector de capital intensivo, e por isso cria muito poucos postos de trabalho.
Em segundo lugar, a diversificação permite garantir o equilíbrio entre o fluxo real e o fluxo monetário e assegurar o equilíbrio macroeconómico e a estabilidade da moeda nacional.
A base monetária existente na economia tem de estar em correspondência com o fluxo real. Se a base monetária for superior ao fluxo real, estaremos perante um ambiente caracterizado por pressões inflacionárias.
Para a consolidação do processo de diversificação da economia em 2017 é importante que se continue a reforçar o papel do sector privado, como seu principal agente.
As sociedades são tão mais capazes de garantir o bem-estar e a prosperidade dos seus cidadãos quanto mais inclusivas forem do ponto de vista político e económico.
É preciso que cada cidadão encontre na sociedade um espaço de oportunidades iguais em que possa evidenciar o seu talento e, por mérito próprio, prosperar em qualquer domínio da vida.
Num ambiente deste tipo aprofunda-se a competição económica na sociedade e haverá maior eficiência no processo de criação da riqueza nacional associado a um maior nível de inclusão económica.