Diante das inúmeras reformas levadas a cabo pelo actual Presidente da República, após 2 anos da sua ascensão ao poder, a 26 de Setembro de 2017, ainda persistem muitas dúvidas e insegurança quanto a um futuro que roça o presente.

A conjutura macroeconímica não é das melhores cujas consequências afectam o cidadão que diante do sofrimento já não quer esperar pelos resultados. 

O Jornalista e activista Rafael Marques fez uma reflexão a volta do assunto.  E comçeça por dizer que “Angola precisa que seja traçado o rumo para o seu desenvolvimento. O presidente João Lourenço precisa, com urgência, de realizar uma reflexão abrangente e pública sobre o tema das competências no seu governo e o destino que pretende imprimir-lhe.

O tema central neste momento, quer para o presidente quer para a sociedade, deve ser a garantia de competência no governo e na função pública.

Como bem questionou o jurisconsulto Carlos Feijó, na recente Conferência da Ordem dos Advogados de Angola, não sabemos se o que mais afecta o país é a corrupção ou a incompetência. E é preciso dar resposta a esta questão.

A competência é o elemento fundamental para garantir a prosperidade de um país e, desde logo, para combater a corrupção, que se mantém a um altíssimo nível em Angola.

O caso do Bairro dos Ministérios é o exemplo mais recente de como a incompetência do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, e do ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, promoveram um projecto absurdo, em que o Estado iria comprar o seu próprio terreno por mais de 340 milhões de dólares.

O esquema, aqui, era a venda do terreno ao seu dono, e não a construção do tal bairro.

Não sai o bairro, mas também não saem os ministros. E este caso é paradigmático do problema que mais aflige o país neste seu novo ciclo.

Um ciclo inaugurado por João Lourenço, e que João Lourenço não pode dar-se ao luxo de desperdiçar, sob pena de infligir aos angolanos custos e danos irrecuperáveis”.

CD/MakaAngola