As obras da Marginal da Corimba serão retomadas. O anúncio foi feito este sábado pelo Presidente da República. João Lourenço disse que obras voltarão a ser executadas independentemente dos construtores.
À margem da abertura do torneio “Presidential Golf Day”, João Lourenço disse à imprensa que o concurso para a construção da marginal da Corimba foi anulado por razões de peso.
A anulação do concurso consta do Despacho Presidencial Nº 72/19, de 15 de Maio, que alega “sobre-facturação nos valores dos referidos Contratos com serviços onerosos para o Estado”.
“São anulados e resolvidos os contratos relativos à implementação do Projecto Marginal da Corimba, aprovado pelo Despacho Presidencial Nº 9/16, de 25 de Janeiro”, determina João Lourenço.
O anulado Contrato de Dragagens, Reclamação de Terra e Protecção da Costa tinha sido celebrado com as empresas Urbinveste, de Isabel dos Santos, e Van Oord Dredging and Marine Contractors BV, ambas em consórcio externo.
O valor global, em kwanzas, era equivalente a USD 615.208.842,78 (seiscentos e quinze milhões, duzentos e oito mil, oitocentos e quarenta e dois dólares dos Estados Unidos da América e setenta e oito cêntimos).
Ainda segundo o Despacho Presidencial um outro Contrato de Concepção, Projecto e Construção, Execução e Conclusão das Infra-Estruturas tinha sido celebrado com as empresas LANDSCAPE e sucursal em Angola da China Road and Bridge Corporation. Ambas empresas igualmente em consórcio externo.
Este último contrato previa o valor global, em kwanzas, equivalente a USD 690.154.447,55 (seiscentos e noventa milhões, cento e cinquenta e quatro mil, quatrocentos e quarenta e sete dólares dos Estados Unidos da América e cinquenta e cinco cêntimos).
O Despacho Presidencial autoriza o ministro da Construção e Obras Públicas a renegociar e assinar novos contratos com as duas empresas, detentoras do financiamento externo, “com redução aos limites dos valores dos projectos iniciais” e sem a empresa Urbinveste, propriedade de Isabel dos Santos.
Angop