Paulo Pombolo é o novo secretário-geral do MPLA

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O MPLA elegeu neste sábado, em Luanda, para o cargo de secretário-geral, Paulo Pombolo, em substituição de Álvaro de Boavida Neto, no quadro do VII congresso extraordinário da organização política.

Com 410 votos a favor, 27 contra e 18 abstenções, Paulo Pombolo  foi proposto pelo presidente do partido, João Lourenço, tendo sido eleito durante a I reunião ordinária do Comité Central, que também escolheu um novo Bureau Político.

Esta foi a primeira reunião do Comité Central realizada depois do Congresso do Extraordinário do partido que sustenta o Governo.   

Paulo Pombolo, membro do Bureau Político do MPLA, ocupava o cargo de secretario para Informação. 

Esse órgão de direcção do MPLA passa de 366 para 497 membros. Sessenta e um por cento dos novos 134 membros são jovens, o que visa assegurar a transição geracional.

 Novo Comité Central

Neste sábado, o VII Congresso Extraordinário do MPLA confirmou a entrada de 134 novos membros para o seu Comité Central, passando a ser constituído por 497 elementos, contra os 363 anteriores.

De acordo com a comissão eleitoral, a lista única obteve, num universo de 2. 266 eleitores, dois mil 92 votos a favor, 93 contra, 53 abstenções e 28 nulos.

Segundo o comunicado final do Congresso, a entrada de jovens para o Comité Central fortalece o potencial humano do MPLA que, entre outros, tem em vista os objectivos preconizados no programa eleitoral e no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

Alterações aos Estatutos

Sob o lema “O MPLA e os Novos Desafios,  o conclave introduziu alterações aos estatutos, para validar o alargamento do Comité Central e traçar estratégias para autarquias, previstas para 2020, entre outros objectivos.

Os congressistas propuseram-se a romper com as práticas negativas do passado e promover a defesa dos valores da urbanidade, probidade, solidariedade e responsabilidade, lutando, sem reservas, contra a corrupção, o nepotismo, impunidade e a bajulação.

Manifestaram apoio às medidas do Presidente João Lourenço que visam a melhoria do ambiente de negócios, assente no sector privado, em particular nas micros, pequenas e médias empresas.

Para este VII conclave extraordinário, que decorreu no Centro de Conferência de Belas, em Luanda, participaram dois mil 448 delegados, 777 mulheres (31,73 por cento) e  671 do sexo masculino. O delegado mais velho tem 90 anos,  enquanto o mais novo 21.  

Congressos anteriores

Em 2018,  realizou-se o VI extraordinário que elegeu João Lourenço como Presidente do partido,  enquanto o VII ordinário, de 2016, havia reeleito José Eduardo dos Santos presidente e João Lourenço estreava-se como vice-presidente.

O V congresso extraordinário realizou-se em 2014, congregou dois mil 126 delegados, sob o lema “Revitalizar as Estruturas para Fortalecer o partido”.

Em 2011, o MPLA realizou o IV congresso extraordinário visando preparar-se para as eleições de 2012, depois de ter feito em 2009 o VI ordinário focado no aprofundamento da democracia.

O V Congresso ordinário foi em 2003 e o IV em 1998, assumindo como ideologia o socialismo democrático. Estes dois foram antecedidos dos extraordinários de 1992, de 1991 e o 1980. Este último confirmou José Eduardo dos Santos na presidência da organização política, fundada a 10 de Dezembro de 1956.

O III ordinário realizou-se em 1990, o II em 1985 e o I Congresso em 1977, no qual o então Movimento Popular de Libertação de Angola constitui-se em partido do trabalho.

Angop