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REVIRAVOLTA – PCA da Sonangol exonera Isabel dos Santos

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Cinco dias depois de ter sido exonerada do cargo de presidente do conselho de administração da Sonangol, por decreto do Presidente da República, João Lourenço, a empresária Isabel dos Santos foi afastada da liderança da Sonangol Pesquisa & Produção (P&P), por decisão do novo PCA da petrolífera nacional, Carlos Saturnino.

 

Num despacho interno de 20 de Novembro, Carlos Saturnino, presidente do conselho de administração da Sonangol exonera Isabel dos Santos  da presidência da comissão executiva da Sonangol Pesquisa & Produção (P&P), cargo que a mesma passou a acumular com o de PCA da petrolífera nacional, depois de ter despedido o então líder.

Nada mais nada menos do que Carlos Saturnino, o mesmo homem que agora assina
o despacho da sua saída da P&P.

A decisão foi ontem divulgada pela companhia estatal, sendo que além da gestora foram afastados da subsdiária da Sonangol os vogais Edson dos Santos e Sarju Chandulal Raikundalia. 

A “REVIRAVOLTA” ENTRE ISABEL E SATURNINO
Embora a “grande exoneração” de Isabel dos Santos tenha partido do Chefe de Estado e do Executivo, o facto de Carlos Saturnino ter concluído o processo de afastamento da empresária da Sonangol adiciona à história um toque no mínimo curioso.

Afinal, quase um ano depois de a empresária ter exonerado Carlos Saturnino e assumido as suas funções, este não só reapareceu para car com o “trono” da Sonangol como ainda “lhe devolveu” a assinatura de despedimento.

A ENTÃO EXONERAÇÃO DE SATURNINO
Recorde-se que em Dezembro do ano passado, Saturnino, então presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, contestou a justicação dada por Isabel dos Santos para a sua exoneração.

Na altura a petrolífera apontou, em comunicado, que a Sonangol P&P era “a empresa do grupo Sonangol que durante a avaliação efectuada apresentou as maiores debilidades de gestão e consequentemente de desvios nanceiros”.

Na resposta, num email enviado aos colaboradores da Sonangol P&P, Carlos Saturnino considerou que a sua gestão, de pouco mais de um ano, não poderia ser a única responsável pelas “más práticas.”

“Não é correcto nem ético atribuir culpas à equipa que somente esteve a dirigir a empresa no período entre a segunda quinzena de Abril de 2015 e 20 de Dezembro de 2016”, escreveu.

O antigo PCE da P&P mostrou-se ainda surpreso com o despacho que o exonerou, por ter comunicado atempadamente à direcção da petrolífera os resultados das anteriores gestões da Pesquisa & Produção.

NJ

Editor
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