Depois de uma manifestação realizada esta sexta-feira, em Luanda, pelo pessoal navegante de cabine da TAAG a contestar alegados despedimentos de trabalhadores angolanos, a empresa emitiu um comunicado a declarar estar disposta a dialogar dentro dos “fóruns próprios e legais”.
Durante a manifestação, os trabalhadores reivindicavam o facto de estarem a ser retirados angolanos da TAAG para serem inseridos espanhóis e portugueses.
Um dos trabalhadores afirma que 10 funcionários já foram despedidos, em Luanda e que o mesmo está a acontecer com as lojas de Lisboa, em Portugal, e de Windhoek, na Namíbia.
De acordo com alguns trabalhadores da TAAG, o Pessoal Navegante de Cabine tem demonstrado desde há algum tempo, insatisfação quanto às decisões do Conselho de Administração da TAAG, o que levou os trabalhadores a realizarem nesta sexta-feira uma manifestação pacífica em prol dos seus direitos.
A presidente do Conselho de Administração da TAAG, Ana Major, desmentiu todas as acusações dos trabalhadores, tendo referido que não é política da TAAG demitir funcionários, na esperança de que dias melhores virão.
“A TAAG não está a despedir pessoal, tão pouco Pessoal Navegante de Cabine (PCN)”, afirma Ana Major numa declaração publicada para responder questões relacionadas com a operação da companhia, explicando que, entre essa classe de profissionais existem alguns colaboradores sem vínculo permanente ou com contratos de trabalho por tempo determinado, os quais não estão a ser renovados.
Sobre o fecho dos serviços da companhia em Lisboa, disse que a empresa adoptou para a capital portuguesa o mesmo modelo que tem no Brasil, África do Sul e Espanha, onde o agenciamento substitui os escritórios próprios, prosseguindo a operação em formato General Sales Agent (SGA) e com um mínimo de colaboradores.
Não se conhecem consequências operacionais da manifestação realizada ontem, em Luanda.
JA