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Petróleo em queda, dívida angolana já vale 90% do PIB

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Num relatório sobre os últimos desenvolvimentos no setor do petróleo consultores da unidade de análise económica da Economist estimam que a produção de petróleo volte a cair este ano.

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) defendeu recentemente que as reformas que Angola está a lançar para revitalizar a produção de petróleo são vitais para a economia, mas avisou que o processo será longo e difícil.

“A queda na produção de petróleo deve-se a uma combinação dos poços em declínio que estão a produzir menos petróleo, paragens por manutenção e falta de novas oportunidades de exploração”, apontam osanalistas.

“Ao mesmo tempo”, prossegue a EIU “os preços mais baixos desde meados de 2014 tornaram a exploração dispendiosa nas águas ultraprofundas do país menos atrativa.”

Os factos descritos acima estão a levar as companhias internacionais a reduzirem as suas operações e a procurarem negócios mais fáceis noutras paragens”.

O Governo, assim, “viu-se obrigado a endividar-se de forma agressiva para cumprir as obrigações da despesa”, levando a dívida pública a valer 90% do PIB, de acordo com os dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional esta semana na primeira análise detalhada ao programa de assistência financeira no valor de 3,7 mil milhões de dólares, no qual elogia as reformas do executivo e diz que a dívida é sustentável.

“Aumentar a produção de petróleo e a capacidade interna de refinação, desenvolvendo o sector do gás, é vital se Angola quiser equilibrar o abrandamento da produção e gerir melhor a distribuição de combustível para evitar falta de combustíveis.”

“Mas vão demorar anos até as novas explorações darem frutos, e o fraco ambiente operacional e as preocupações com o ‘compliance’ vão continuar a deter os investidores”, escrevem os analistas.

Num relatório sobre os últimos desenvolvimentos no sector do petróleo, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os consultores da unidade de análise económica da revista The Economist estimam que a produção de petróleo volte a cair este ano, pelo quinto ano consecutivo.
Encontrar novas maneiras de aumentar a produção petrolífera, insistem, “é a chave para a recuperação económica de Angola, mas não será fácil – já passaram oito anos desde que Angola abriu licitações para novas explorações de petróleo” e, salientam, demora entre oito a dez anos para os novos poços entrarem em produção e Angola começar a receber estas receitas.

Este setor, o mais importante da economia angolana, deverá contrair-se 2,6% este ano, o que se soma às quedas de 9,2% no ano passado e 5,2% em 2016 e 2017, o que “motivou grandes constrangimentos à economia, que depende do petróleo para mais de 90% das exportações, fez o kwanza cair em queda livre, aumentou a inflação e levou a uma escassez de moeda externa”.

CD/Sábado

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O Site Correio Digital tem como fim a produção e recolha de conteúdos sobre Angola em grande medida e em parte sobre o mundo para veiculação. O projecto foi fundado em 2006.

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